terça-feira, 23 de outubro de 2012

A IDEIA (Antero de Quental)


         
         
A IDEIA
       
IV
       
Conquista, pois, sozinho o teu Futuro,
Já que os celestes guias te hão deixado,
Sobre uma terra ignota abandonado,
Homem -‑ proscrito rei ‑ mendigo escuro!

Se não tens que esperar do céu (tão puro
Mas tão cruel!) e o coração magoado
Sentes já de ilusões desenganado,
Das ilusões do antigo amor perjuro;

Ergue-te, então, na majestade estoica
De uma vontade solitária e altiva,
Num esforço supremo de 
alma heroica


Faze um templo dos muros da cadeia.
Prendendo a imensidade eterna e viva
No círculo de luz da tua Ideia!
          
Antero de Quental
      
         
         

       
TEXTOS DE APOIO
       
A Ideia ‑ No primeiro soneto desta série, chega à conclusão que Deus desapareceu da Terra. No 2.°, porque o nome de Deus se apagou, até os astros são ateus e, como lei única, só querem o infinito. No 3.°, diz que importa reagir e procurar outro caminho, talvez mais luminoso, fora do cristianismo. No 4.°, sacode o orgulho do homem e exorta-o a conquistar, sem guias celestes, só com a sua Ideia, o seu futuro. No 5.°, pergunta quem é a Ideia. Não sabe defini-la. É algo de vago e impreciso. Chama-lhe peregrina, pálida imagem com alguma coisa de divina. No 6.°, considera a Ideia a esposa do homem, a grande razão de ser da sua vida. No 7.°, fala do consórcio, do «noivado da alma com a Ideia», num certo lugar distante, indefinido, «Lá, no seio da eterna claridade, / Aonde Deus à humana voz responde». Mas não chega a localizá-la. É neste soneto que define a Ideia - esta é o símbolo da Verdade. No 8.°, finalmente, esclarece que é na consciência do homem que se encontra o lugar para o «noivado da alma». Só lá se pode realizar essa união.
          
Literatura Prática (sécs. XIX-XX) 11º Ano, Lilaz Carriço, Porto Ed., 1986 (4ª ed.), pp. 194-195.
          
         

          
          
[…] Esse retorno será o núcleo de construção dos sonetos sobre «A Ideia». Não é já um retorno, é uma transmutação. Já que os deuses desapareceram (em termos em tudo similares aos das «Saudades Pagãs»: «Pois que os deuses antigos e os antigos / Divinos sonhos por esse ar se somem» mas ampliando-se logo inicialmente ao Deus do Cristianismo: «Deus tapou com a mão a sua luz, / E ante os homens velou a sua face!») o Homem, confinado a si mesmo, vai construir o seu próprio templo, «prendendo a imensidade eterna e viva / no círculo de luz da [t]sua Ideia!". Este é uma espécie de projeto inicial, primeira sequência em quatro sonetos de uma história de morte e ressurreição, de perda e invento, em que um absoluto herdado e decorativo se substitui pela construção pessoal e coletiva de uma «aspiração» (a palavra é fortemente anteriana) comum; o V soneto é o da identificação da Ideia, o do seu reconhecimento pela necessidade de fixação da sua natureza ‑ e é talvez um dos mais flagrantes exemplos do poema de ideias fortemente implicado numa mensagem poética vigorosa e sugestiva; natureza evanescente, coincidindo com o ideal simbolista, inapreensível e multímoda na sua mutação incessante ‑ imagem liquefeita, pequenina luz, nuvem, e sabemos como estes três elementos, água, fogo e ar são essenciais na imagística anteriana, já que a terra é a síntese realmente ideológica da cosmovisão que os envolve; este soneto organiza por si só uma sequência complexa de três momentos convertíveis em três micronarrativas: após a identificação da ideia, o apelo é o de um encontro necessário e ansioso, união de salvação simultaneamente erótica e terapêutica, para se terminar no abandono, deceção ou insatisfação de um encontro que não dá tudo, que promete mais do que cumpre. Os sonetos VI e VII dão conta da prossecução do encontro amoroso e matrimonial entre os homens e a ideia (o sujeito poético oscila entre o «vós» e o «nós») e, no último soneto, é o problema do espaço, dolugar da ideia que se coloca: «o espaço é mudo», o silêncio dá conta do vazio que aponta o além, «o céu da ideia», o absoluto romântico-simbolista; e é este percurso de incidência narrativa, reabsorvido na ressonância da exclamação do nada, que se detém na incidência lírica da paragem, de que o soneto «Contemplação» é um dos momentos mais esteticamente conseguidos.
Maria Alzira Seixo, Antero e a poesia de ideias” in Congresso Anteriano Internacional – Actas [14-18 outubro 1991]. Ponta Delgada, Universidade dos Açores, 1993.
          
       


          
         
Sonetos incluídos textualmente n’Os Sonetos Completos (o último da série o VIII, não figurava na 1ª edição das Odes Modernas: na 2ª edição, aparece com a data de 1871). Assim como a palavra Revolução exprimia o sonho de reforma social assim Ideiaresume o seu pensamento filosófico. No sistema hegeliano, a filosofia era a ciência da Ideia absoluta.

Repare-se como já nas Odes o soneto filosófico surge plenamente realizado, quer quanto à forma, quer quanto ao conteúdo. O processo artístico aqui documentado – concretizar, tornar plástica e sensível a abstração – converte-se numa das características do lirismo anteriano.

Recorde-se o comentário de Fidelino de Figueiredo (Antero, pág. 74): «O que Antero faz é meter o mundo requintado das ideias abstratas e das suas singulares ansiedades metafísicas, no mundo comum das sensações de forma e cor e dos normais sentimentos humanos.»

[O IV soneto da série] “A Ideia” exprime claramente uma mística política e social e o otimismo anteriano, isto é, a afirmação do Antero apolíneo.
      
Maria Ema Tarracha Ferreira, Antologia Literária Comentada. Século XIX. Do Romantismo ao Realismo. Poesia, 
Lisboa, Editora Ulisseia, 1985, 2ª edição.
        
           

         
       
Na poesia anteriana, o plano real é sempre confrontado com o plano do ideal.
       
Ao perspetivar-se a poesia de Antero de Quental não parece difícil relevar várias dicotomias, entre as quais o real/o ideal, dicotomia que perpassa por quase todas as suas fases poéticas.
Assim, mesmo num primeiro momento, onde a mulher assume papel relevante, o mundo do ideal é colocado em destaque. A mulher a que Antero alude não é definida em termos concretos, é antes "uma miragem", um "Ideal", um “sonho”. Nunca a figura feminina se assume como sensual, com contornos bem definidos.

E se nesta 1ª fase se deteta esta dualidade, ela surge ainda mais acentuada na poesia de intervenção, do apostolado social. Aqui constata-se a necessidade de intervir no sentido de, pelo Amor e pela Justiça, poder transformar a sociedade. Acredita poder encontrar o Ideal que incessantemente busca e, pleno de otimismo, revela-se o apolíneo anteriano, aquele que busca a verdade e a luz, comandado por uma força, a que chama vontade. Afirma mesmo que o homem não precisa da ajuda divina e que sozinho pode conquistar o seu futuro ("A Ideia"). Pode até subir a "escada multiforme" para encontrar a liberdade, o ideal, superiorizando-se a Deus, que identifica com um mundo em ruínas.

Mas o contacto com o real fá-lo perder a esperança de transformação que idealizou, lançando-se por isso no pessimismo que o fará conotar com o noturno e negativo. Para obter a paz de espírito de que necessitava, vai procurar um novo ideal, agora no mundo místico, no domínio do budismo do Nirvana, isto é, no transcendente. Posteriormente vai ainda procurar reafirmar-se este transcendentalismo quando, numa fase final, procura reconciliar-se com Deus para atingir o absoluto que, obviamente, não poderá atingir-se no mundo real.

Parece pois ser possível identificar-se a dicotomia real/ideal na poesia anteriana, embora o idealismo supere o concreto, o real, porque este último o transforma num ser angustiado.
        
Dossier Exame ‑ Português A, 12º ano, 
Maria José Peixoto, Célia Fonseca, Edições ASA, 2003
ISBN: 972-41-3415-6
      
       
         
         
QUESTIONÁRIO INTERPRETATIVO
       
1. Caracteriza o destinatário da mensagem poética, comprovando a tua resposta com citações.
2. Comenta a expressividade das metáforas presentes no seguinte verso: “Homem ‑ proscrito rei ‑ mendigo escuro!”
3. Pronuncia-te acerca da relação Homem/Deus, tal como a entende o sujeito poético.
4. Divide o soneto em duas partes lógicas, justificando a divisão efetuada.
5. Explicita a relação sujeito poético/destinatário da mensagem poética.
6. Indica dois recursos linguísticos e/ou estilísticos de que se serve o sujeito poético para enfatizar a sua mensagem, exemplificando-os.
7. Tendo em conta a divisão proposta por António Sérgio, identifica a faceta em que se incluirá este soneto, explicando-a.

 angústia existencial. Figurações do poeta. Diferentes configurações do Ideal



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PODERÁ TAMBÉM GOSTAR DE LER:

 Apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária de textos de Antero de Quental, por José Carreiro. In: Lusofonia – plataforma de apoio ao estudo da língua portuguesa no mundo, 2021 (3.ª edição) <https://sites.google.com/site/ciberlusofonia/PT/Lit-Acoriana/antero-de-quental>



[Post original: http://comunidade.sol.pt/blogs/josecarreiro/archive/2012/10/23/A.Ideia.aspx]

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

VOZ INTERIOR (Antero de Quental)


 
           
         
VOZ INTERIOR
            
A João de Deus

Embebido num sonho doloroso,
Que atravessam fantásticos clarões,
Tropeçando num povo de visões,
Se agita meu pensar tumultuoso...

Com um bramir de mar tempestuoso
Que até aos céus arroja os seus cachões,
Através duma luz de exalações,
Rodeia-me o universo monstruoso...

Um ai sem termo, um trágico gemido,
Ecoa sem cessar ao meu ouvido,
Com horrível, monótono vaivém...

Só no meu coração, que sondo e meço,
Não sei que voz, que eu mesmo desconheço,
Em segredo protesta e afirma o Bem!
           
Antero de Quental
      
       
TEXTOS DE APOIO
       
É neste «período de Vila do Conde» que escreve os seus últimos sonetos, aqueles que muito justamente considerou serem os melhores, reflexo de uma fase espiritual que representava as suas conceções sobre a vida e o mundo, e onde expunha as soluções intelectuais, morais e sentimentais que encontrara para ultrapassar o seu anterior estado pessimista. Evolução, Voz Interior, Luta, Redenção, Na Mão de Deus e sobretudo Solemnia Verba, todos eles compostos entre 1882 e 1885, eram para o seu autor algo de novo - a verdadeira poesia do futuro - fora das tendências da literatura sua contemporânea.
        
O essencial sobre Antero de Quental, Ana Maria Almeida Martins, Lisboa, Lisboa Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1985, p. 34.
        
*
         
A aspiração à Liberdade, identificada com a plenitude da Consciência, expressa no II Soneto Redenção, é agora superada pela voz que afirma o Bem.
V. 12. Sugere-se aqui a lógica do sentimento, a voz interior que se opõe à inteligência – eis a «antinomia anteriana». Como observa o Pe Lúcio Craveiro da Silva (in, Antero de Quental ‑ Evolução do seu Pensamento Filosófico, Braga, 1959, pág. 99), a voz interior, «dentre as vozes do Universo, era a única tentava dar significado à vida pela moral».
Vv. 12-14, Cf. a afirmação de Antero, na Carta Autobiográfica: «O Naturalismo não já como a explicação última das coisas, mas apenas como o sistema exterior, a lei das aparências e a fenomenologia do Ser. No Psiquismo, Bem e na Liberdade moral, é que encontrei a explicação última e verdadeira de tudo, não só do homem moral, mas de toda a natureza, ainda nos seus momentos físicos elementares.»
      
Maria Ema Tarracha Ferreira, Antologia Literária Comentada. Século XIX. Do Romantismo ao Realismo. Poesia, Lisboa, Editora Ulisseia, 1985, 2ª edição.
        
        
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Em “Voz Interior” percebemos, de modo mais concreto, a constância entre opensar e o sentir de Antero: enquanto nas três primeiras estrofes o homem pensa e usa sua inteligência: “se agita meu pensar tumultuoso”, “rodeia-me o universo monstruoso”, “Um ai sem termo, um trágico gemido / Ecoa sem cessar no meu ouvido, / Num horrível, monótono vai-vem...”; no último terceto, é a voz do poeta que,sentindo, analisa aquilo que o coração já percebera: “Só no meu coração, que sondo e meço, / Não sei que voz, que eu mesmo desconheço, / Em segredo protesta e afirma o Bem...” É a esse Bem, imanente à consciência humana, que Antero vai-se referir em carta de 1886, dirigida a Fernando Leal:
“Lá no fundo do seu coração há uma voz humilde, mas que nada faz calar, a protestar, a dizer-lhe que há alguma coisa por que se existe e por que vale a pena existir. Escute essa voz: provoque-a, familiarize-se com ela, e verá como cada vez mais se lhe torna perceptível, cada vez fala mais alto, ao ponto de não a ouvir senão a ela e de o rumor do mundo, por ela abafado, não lhe chegar já senão como um zumbido, um murmúrio, de que até se duvida se terá verdadeira realidade. Essa, meu amigo, é a verdadeira revelação, é o Evangelho eterno, porque é a expressão da essência pura e última do homem, e até de todas as coisas, mas só no homem tornada consciente e dotada de voz. Ouça essa voz e não se entristeça.”(SÉRGIO, 1956, p.304)
  
Em Oceano Nox”, continua Antero a ouvir a “voz interior” que faz ascender a um plano mais elevado – o da consciência – os elementos do mundo visível. Em sua busca de respostas, o mar, o vento, o Céu procuram-nas tanto quanto ele: “Que inquieto desejo vos tortura, / Seres elementares, força obscura? / Em volta de que idéia gravitais?” A resposta não vem, mas se percebe o “Inconsciente imortal” por “Um bramido, um queixume, e nada mais...”
Antero de Quental: Uma trajetória com DeusHelen Araujo Mehl. 
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, setembro de 2003.
    
    

          
LINHAS DE LEITURA
         
• Caracterizar o pensar do poeta e o cenário que o envolve.
• Caracterizar a linha da exterioridade e a linha da interioridade.
• Formar dois conjuntos de palavras para comprovar os planos semânticos do ruído e do silêncio.
• Mostrar como o percurso do poema vai do negativo para o positivo.
• Detetar o processo que permite ao poeta escutar a sua voz interior.
• A "voz interior" e a voz do pensamento ou o inconsciente e o consciente.
         
          
    
          
SUGESTÕES DE LEITURA
       
  Apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária de textos de Antero de Quental, por José Carreiro. In: Lusofonia – plataforma de apoio ao estudo da língua portuguesa no mundo, 2021 (3.ª edição) <https://sites.google.com/site/ciberlusofonia/PT/Lit-Acoriana/antero-de-quental>



[Post original: http://comunidade.sol.pt/blogs/josecarreiro/archive/2012/10/22/voz.interior.aspx]

domingo, 21 de outubro de 2012

DESPONDENCY (Antero de Quental)


     
      
     
DESPONDENCY

Deixá-la ir, a ave, a quem roubaram
Ninho e filhos e tudo, sem piedade...
Que a leve o ar sem fim da soledade
Onde as asas partidas a levaram...

Deixá-la ir, a vela, que arrojaram
Os tufões pelo mar, na escuridade
Quando a noite surgiu da imensidade,
Quando os ventos do sul se levantaram...

Deixá-la ir, a alma lastimosa,
Que perdeu fé e paz e confiança,
À morte queda, à morte silenciosa...

Deixá-la ir, a nota desprendida
Dum canto extremo... e a última esperança...
E a vida... e o amor... deixá-la ir, a vida.
     
Antero de Quental
       




TEXTO DE APOIO / LINHAS DE LEITURA
       
Despondencyou seja, desesperança é um soneto de Primaveras Românticas que poderá ser inserido na fase noturna, pessimista de Antero. É um poema extremamente musical que apresenta um forte sentimento de tristeza e de abandono como indica o próprio título. O seu ritmo ligeiro sugerido pelo paralelismo, pela pontuação, pela repetição epanafórica exprime a fragilidade da vida e o consequente estado de abandono de quem a sente.
O poeta inicia o poema apresentando uma ave, por sinal um ser frágil “…a quem roubaram / Ninho e filhos e tudo,... ", que fica, por esse motivo, ao abandono e desprovida de tudo o que simbolizava a sua razão de viver. Atente-se na repetição da conjunção coordenativa copulativa, presente no exemplo acima transcrito como forma de reforçar a ideia de perda e consequente dor e carga emotiva sugeridas também pelas reticências.
A sensação de indiferença encontra-se patente ao longo de todo o poema, principalmente através de:
- repetição anafórica da expressão "Deixá-la ir";
- verbos de tom disfórico (roubar, levar, arrojar, perder);
- adjetivos ("lastimosa", "queda", "silenciosa" "desprendida”);
- substantivos como, por exemplo, "noite", "morte", "escuridade", que mostram, por parte do autor, uma total indiferença perante a vida e, consequentemente, um nítido desejo de antecipar a morte, visível igualmente no verso 11 "A morte queda, a morte silenciosa... ", culminando no último verso do poema "E a vida... e o amor... deixá-la ir, a vida!", onde as reticências imprimem um ritmo soluçante como se de um moribundo se tratasse, acentuando-se ainda mais a ideia de abandono e de desprendimento face à vida.
          
Ao longo do soneto verifica-se uma gradação na forma como o poeta apresenta os vários elementos que estão inexoravelmente votados à morte: não só a ave, como já referimos, mas também a vela, a alma, a nota e a esperança. Esta sequência de imagens é usada para simbolizar a precariedade da vida. Note-se que a vela envolta pelos ventos do sul não terá qualquer hipótese de salvação, assim como "a alma lastimosa" que por ter perdido a "fé e paz e confiança" (pedras basilares que sustentam a vida) se entrega abnegadamente à morte como único refrigério.
No último terceto está subjacente, de forma mais acentuada, uma certa tendência romântica que espelha "o mal du siècle", a manifestação de cansaço, de desespero pelo presente, a angústia que produz o viver, encontrando-se na morte o estado final de perfeita e definitiva felicidade.
          
Cecília Sucena e Dalila Chumbinho, Sebenta de Português: Antero de Quental – introdução ao estudo da obra, 
Estoril, Edição da papelaria Bonanza, [Edição: 2006]
          
          
SUGESTÕES DE LEITURA
       

à Apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária de textos de Antero de Quental, por José Carreiro. In: Lusofonia – plataforma de apoio ao estudo da língua portuguesa no mundo, 2021 (3.ª edição) <https://sites.google.com/site/ciberlusofonia/PT/Lit-Acoriana/antero-de-quental>



[Post original: http://comunidade.sol.pt/blogs/josecarreiro/archive/2012/10/21/despondency.aspx]