domingo, 30 de setembro de 2012

CHOVAM LÍRIOS E ROSAS NO TEU COLO (Antero de Quental)

  
Marc Chagall, La Marrié, 1950. Gouache pastel.
            


              
ABNEGAÇÃO

Chovam lírios e rosas no teu colo!
Chovam hinos de glória na tua alma!
Hinos de glória e adoração e calma,
Meu amor, minha pomba e meu consolo!

Dê-te estrelas o céu, flores o solo,
Cantos e aroma o ar e sombra a palma,
E quando surge a lua e o mar se acalma,
Sonhos sem fim seu preguiçoso rolo!
E nem sequer te lembres de que eu choro…
Esquece até, esquece, que te adoro…
E ao passares por mim, sem que me olhes,

Possam das minhas lágrimas cruéis
Nascer sob os teus pés flores fiéis,
Que pises distraída ou rindo esfolhes
Antero de Quental
      
      
COMENTÁRIO DE TEXTO
      
"Abnegação" é um soneto de Antero de Quental, poeta dos finais do século XIX, cuja importância para a literatura e para a transformação da mentalidade portuguesa é inegável, visto ser considerado o mentor de uma geração ‑ a de 70 ‑ que protagonizou dois factos sociais importantes no fim desse século: a "Questão Coimbrã", em 1865, e as "Conferências Democráticas do Casino", em 1871. Ligados a esses factos sociais, literários e políticos está, sem dúvida, a necessidade de revigorar a literatura e o pensamento portugueses que, na perspetiva dos autores da "geração de 70", ainda estavam atrasados em relação à Europa. Revolucionário, portanto, nas ideias e nos princípios estéticos, Antero não deixa, contudo, de se mostrar ainda um romântico, que busca o Ideal, a perfeição, em relação ao mundo, em relação a ele próprio, em relação ao amor.
Aliás, o tema do amor em Antero, linha em que se insere a composição em análise, um soneto construído segundo o modelo clássico, de versos decassilábicos, com um esquema rimático ABBA ABBA CCD EED, merece um tratamento especial, na medida em que, ainda imbuído pelos ideais românticos, é de todo afastada a linha sensual que caracterizam, por exemplo, alguns poemas de Garrett. O amor em Antero serve, antes, o seu idealismo platónico; a mulher amada é, antes de mais, uma "visão", uma "miragem", sem referente, sem formas concretas, logo, uma construção mental, idealizada pelo sujeito poético.
É neste contexto temático e poético que "Abnegação" se desenvolve em duas grandes partes – as duas quadras, em que o poeta enuncia o desejo de criar um ambiente idealizado para o ser amado (expresso pelas formas verbais do conjuntivo com valor de desiderato, ora reiteradas anaforicamente ‑ "Chovam"‑; ora isoladas no início da estrofe e da frase- "Dê-te"); os dois tercetos, onde se enuncia a "abnegação" do sujeito poético para com o ser amado, numa espécie de renúncia de si próprio, de apagamento do eu ‑ do seu sofrimento, da sua angústia, da sua existência. Significativo é, aliás, o "pedido" do sujeito poético para que o ser amado o esqueça, ideia repetida ao longo do primeiro terceto de formas diversas ‑ "[...] nem sequer te lembres de que eu choro / Esquece até esquece que eu te adoro...", que confirma a total renúncia, por um lado, e, por outro, a doação plena, inclusive do próprio sofrimento, ao outro ‑ das "lágrimas cruéis", porque manifestações exteriores do sofrimento do poeta, fará a amada surgir "flores fiéis", metáfora da permanência e fidelidade amorosas.
É de forma abnegada e submissa que o sujeito poético se dirige, logo no início, à mulher amada, o que se verifica na enumeração utilizada ‑ "Meu amor, minha pomba e meu consolo" ‑ em que, desde logo, se enuncia o carácter platónico desta relação. Referida primeiramente como relação sentimental ("meu amor"), logo o poeta utiliza como elemento de evocação do ser amado um símbolo de pureza, fragilidade e espiritualidade ("pomba"), e é dentro da espiritualidade que a relação se manterá, na medida em que, em síntese, independentemente das ações que pratique ou do seu interesse pelas dádivas do poeta ‑ o seu "choro", as suas "lágrimas cruéis", a sua presença ("[...] ao passar por mim sem que me olhes") ‑ ele se posicionará sempre, perante a mulher amada, numa atitude de adoração, revelada quer pelo emprego do verbo adorar (“[…] que te adoro"), quer pela superiorização da mulher, pela sua colocação num ambiente ideal, até mesmo divino, preenchido por "lírios e rosas", "hinos de glória e adoração e calma", de "cantos e aroma [...] e sombra [...]", isto é, num ambiente onde se manifestam os símbolos do amor ideal (o lírio e a rosa), mas também elementos que remetem para a harmonia e a suavidade.
Esta idealização é reforçada quer pela utilização, na primeira quadra, de frases curtas e exclamativas, quer pelo efeito de arrastamento que é conseguido na segunda quadra, onde, subordinado a uma única forma verbal ("Dê-te"), se enumera um conjunto de elementos, por vezes ligados pelo polissíndeto ("Cantos e aroma o ar e sombra a palma, E quando surge a Lua e o mar se acalma") que culminam numa imagem de "[ um ] preguiçoso rolo de [sonhos]", que remetem para o desejo do poeta de criação de um ambiente ideal que rodeie a mulher. Por outro lado, nota-se o efeito de suavidade pela utilização das reticências que marcam os dois primeiros versos do primeiro terceto, nessa afirmação de que mesmo perante a distração do outro ("E ao passares por mim, sem que me olhes,"), continuará o sujeito poético numa atitude de desprendimento.
Perante isto, poder-se-á afirmar que para Antero o amor é um sentimento que se manifesta na plena doação ao outro, de sujeição e consolo nesta sujeição, mesmo na ausência de resposta, porque é um sentimento em que se privilegia o bem estar do outro em detrimento da satisfação pessoal. E, neste sentido, Antero, o poeta que via na poesia a "voz da revolução", é ainda um platónico e, em certa medida, um romântico idealista.
           
Departamento de Línguas Românicas da Escola Secundária Domingos Rebelo, Ponta Delgada, 1998 [?]
       
        
        
SUGESTÕES DE LEITURA
        
 Apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária de textos de Antero de Quental, por José Carreiro. In: Lusofonia – plataforma de apoio ao estudo da língua portuguesa no mundo, 2021 (3.ª edição) <https://sites.google.com/site/ciberlusofonia/PT/Lit-Acoriana/antero-de-quental>


[Post original: http://comunidade.sol.pt/blogs/josecarreiro/archive/2012/09/30/abnegacao.aspx]

sábado, 29 de setembro de 2012

NOCTURNO (Antero de Quental)


       
       
NOCTURNO

Espírito que passas, quando o vento
Adormece no mar e surge a lua,
Filho esquivo1 da noite que flutua,
Tu só entendes bem o meu tormento...

Como um canto longínquo - triste e lento -
Que voga2 e subtilmente se insinua,
Sobre o meu coração, que tumultua3,
Tu vertes pouco a pouco o esquecimento...

A ti confio o sonho em que me leva
Um instinto de luz, rompendo a treva,
Buscando, entre visões, o etemo Bem.

E tu entendes o meu mal sem nome,
A febre de Ideal, que me consome,
Tu só, Génio da noite, e mais ninguém!
      
Antero de Quental
      
     
_______________
esquivo: fugidio.
2 voga: flutua.
que tumultua: que está em tumulto, que se inquieta.
      
      


      
            
COMENTÁRIO DE TEXTO
      
Elabore um comentário do poema que integre o tratamento dos seguintes tópicos:

- características atribuídas pelo sujeito poético ao «tu»;

- descrição do estado psicológico do «eu»;

- aspetos formais e recursos estilísticos relevantes (apresente no mínimo dois de cada);

- Importância do segundo terceto para a construção do sentido do texto.
      
     
     
EXPLICITAÇÃO DE CENÁRIOS DE RESPOSTA
      
Características atribuídas pelo sujeito poético ao "tu"

O "tu" é caracterizado pelo sujeito poético como uma entidade:
- incorpórea, etérea, fugidia e noturna, apresentando a configuração de uma entidade transcendente ("Espírito que passas", "Filho esquivo da noite", "Génio da noite" - vv. 1, 3 e 14);
- clarividente e compassiva, distinguindo-se pela capacidade excecional de compreensão do drama íntimo do sujeito de quem é confidente ("Tu só entendes bem", "A ti confio o sonho", "tu entendes o meu mal", "Tu só [...] e mais ninguém" - vv. 4, 9, 12 e 14);
- reconfortante e balsâmica, apaziguando o sujeito ao proporcionar-lhe o "esquecimento" do seu "tormento" interior ("Sobre o meu coração que tumultua,/ Tu vertes pouco a pouco o esquecimento" - vv. 7-8);
- …
    
  
Descrição do estado psicológico do "eu"
Debatendo-se com um profundo e doloroso conflito emocional, ciente do seu isolamento, o sujeito poético busca consolo na atmosfera tranquila da noite ("quando o vento/ Adormece no mar e surge a lua" - vv. 1-2). Atormentado, dirige-se à noite-confidente (o "Espírito" que passa, "Filho esquivo da noite"), a qual não só compreende a sua dor, como a apazigua, fazendo descer o "esquecimento" sobre o seu "coração" tumultuado. A serenidade daqui resultante vai-se instalando progressivamente ("pouco a pouco") e o "eu" confia à entidade que interpela (o "Génio da noite") a natureza do seu drama, isto é, o "sonho" de romper a "treva", movido por "Um instinto de luz", na busca ("entre visões") do "eterno Bem".
      

Aspetos formais e recursos estilísticos relevantes

De entre os recursos estilísticos presentes neste poema, salientam-se os seguintes:
- a apóstrofe ("Espírito que passas", "Filho esquivo da noite", "Tu só", "Tu só, Génio da noite" - vv. 1, 3, 4 e 14), evidenciando a interpelação do sujeito poético ao "Espírito" da noite, reiteradamente feita no poema;
- a personificação ("quando o vento/ Adormece" - vv. 1-2), conferindo um valor humano ao "vento";
- a comparação ("Como um canto longínquo" - v. 5), sublinhando a dimensão melódica encantatória da noite, que propicia o "esquecimento";
- a anáfora ("Tu") entre os versos 4, 8 e 14, marcando claramente o valor singular do "Espírito", do "Génio da noite", enquanto confidente;
- a antítese ("eterno Bem" vs "meu mal"; "luz" vs "treva"), revelando o carácter paradoxal da busca do "eu", a qual, visando atingir o "Bem", se constitui como o "mal" que atormenta intimamente o sujeito poético;
- o vocabulário associado à noite ("lua", "noite", "treva", "Génio da noite"), reiterando e amplificando o sentido anunciado pelo título do poema: "Nocturno" (temporal, mas também psicológico);
- as reticências, instalando a noção de suspensão do discurso e de prolongamento interior do pensamento;
- …
      
Em relação aos aspetos formais, temos, nomeadamente:
- composição poética: um soneto (duas quadras e dois tercetos, sendo o último destes a chave do poema);
- verso decassílabo;
- esquema rimático: ABBA/ ABBA/ CCD/ EED/; rima interpolada e emparelhada;
- …

      
Importância do segundo terceto para a construção do sentido do texto

O segundo terceto é a chave do soneto, reiterando o papel tutelar da noite-confidente (já apontado no final da primeira quadra), mas, sobretudo, clarificando a natureza do "tormento" do "eu".
Iniciada pela coordenativa "E", esta estrofe marca a continuidade em relação ao discurso anterior, tendo como objetivo reforçar a importância do "tu" enquanto única instância capaz de compreender o "mal sem nome" que domina o sujeito: "Tu só [...] e mais ninguém". Este facto é visível tanto no recurso, por duas vezes, ao pronome 'tu', como no modo de nomeação dessa entidade por "Génio da noite".
Além disso, reitera-se o objeto da busca do "eu", isto é, o "ideal", o anseio do sumamente perfeito, "o eterno Bem", que provoca ao sujeito um sofrimento psicológico e físico, que é associado à doença ("febre", "que me consome").
      
Exame Nacional do Ensino Secundário nº 138. Prova Escrita de Português A, 12º Ano 
(plano curricular correspondente ao Dec.-Lei nº 286/89, de 29 de Agosto)
Curso Geral – Agrupamento 4. 2006, 1ª fase
      
        
        
SUGESTÕES DE LEITURA
        
 Apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária de textos de Antero de Quental, por José Carreiro. In: Lusofonia – plataforma de apoio ao estudo da língua portuguesa no mundo, 2021 (3.ª edição) <https://sites.google.com/site/ciberlusofonia/PT/Lit-Acoriana/antero-de-quental>

 
[Post original: http://comunidade.sol.pt/blogs/josecarreiro/archive/2012/09/29/noturno.aspx]

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

MORS LIBERATRIX (Antero de Quental)

  ANTERO DE QUENTAL
        
        
MORS LIBERATRIX1

Na tua mão, sombrio cavaleiro,
Cavaleiro vestido de armas pretas,
Brilha uma espada feita de cometas,
Que rasga a escuridão, como um luzeiro2.

Caminhas no teu curso aventureiro,
Todo envolto na noite que projectas...
Só o gládio3 de luz com fulvas betas
4Emerge do sinistro nevoeiro.

- «Se esta espada que empunho é coruscante5,
(Responde o negro cavaleiro-andante)
É porque esta é a espada da Verdade.

Firo mas salvo... Prostro6 e desbarato7,
Mas consolo... Subverto8, mas resgato...
E, sendo a Morte, sou a Liberdade.»
          
Antero de Quental
        
_________________
MORS LIBERATRIX (expressão latina): Morte Libertadora.
2 luzeiro: objeto que dá luz; clarão.
3 gládio: espada.
4 fuIvas betas: raios dourados.
5 coruscante: fulgurante; brilhante.
6 Prostro: lanço por terra; derrubo.
7 desbarato: faço dispersar; derroto.
8 Subverto: altero completamente (características, ideias ou valores).
        
        
El caballero de la muerte, Salvador Dalí



       
QUESTIONÁRIO INTERPRETATIVO
       
1. Há, neste soneto, dois sujeitos de enunciação, situando-se a mensagem de cada um deles numa das duas partes do poema. Delimite cada uma das duas partes, identificando o sujeito de enunciação de cada uma delas.
2. Na primeira parte do texto, o «sombrio cavaleiro» é-nos apresentado já como uma figura dupla, com duas facetas.
2.1. Transcreva duas expressões que o apresentam como figura escura e medonha.
2.2. Transcreva também três versos (ainda da primeira parte) que sugiram que algo de luminoso e de bom poderá surgir deste «sombrio cavaleiro».
3. Na segunda parte do poema é o próprio cavaleiro que revela a sua face positiva, partindo de uma expressão sinónima de outra que, já na primeira parte, sugere que dele poderá partir algo de luminoso. Transcreva essa expressão da segunda parte.
3.1 Transcreva também a expressão que, na primeira parte, sendo sinónima da que acabou de transcrever, sugere a mesma coisa.
4. «Este poema defende a legitimidade da revolução, tal como os poemas das Odes ModernasJustifique esta afirmação.
       
António Afonso Borregana, Antero de Quental. O Texto Em Análise - Ensino Secundário, Lisboa, Texto Editora, 1998
       
       


COMENTÁRIO DE TEXTO
        
Elabore um comentário do texto que integre o tratamento dos seguintes tópicos:

- estruturação do poema em partes lógicas;

- importância da oposição luz / sombra;

- aspetos formais e recursos estilísticos relevantes;

- valor simbólico do «negro cavaleiro-andante».


Cavaleiro da Morte, Salvador Dalí



        
EXPLICITAÇÃO DE CENÁRIOS DE RESPOSTA
        
Estruturação do poema em partes lógicas

A encenação de uma situação de diálogo (pergunta-resposta) entre o «eu» e o «cavaleiro» (figura especular do sujeito) transparece na forma como se estrutura o texto. Assim, este organiza-se em duas partes lógicas:
- duas quadras: o momento em que o sujeito interpela o cavaleiro e procede à sua caracterização, descrevendo os seus atributos e dando conta da sua caminhada na noite;
- dois tercetos: a resposta do «tu» à pergunta implícita do «eu», esclarecendo a sua função enquanto «cavaleiro-andante», bem como a razão de ser da luminosidade da espada que empunha.
       
Importância da oposição luz sombra

A oposição luz/ sombra marca todo o soneto, funcionando como uma caracterização da figura do cavaleiro e do seu emblema por excelência - a espada. As palavras e expressões que caracterizam a espada empunhada pelo cavaleiro sublinham a luminosidade («Brilha», «cometas», «rasga a escuridão», «Iuzeiro», «luz», «fulvas betas», «coruscante»), ao passo que as que contribuem para a definição da figura daquele acentuam o seu carácter noturno («sombrio cavaleiro», «armas pretas», «escuridão», «envolto na noite que projectas», «sinistro nevoeiro», «negro cavaleiro-andante»). Todos estes sentidos são retomados na oposição presente no último verso e no título: «Morte» / «Liberdade».
       
Aspetos formais e recursos estilísticos relevantes

Relativamente aos recursos estilísticos, destacam-se, entre outros, os seguintes:
- imagem alegórica do «cavaleiro-andante», representando simbolicamente a «Morte» e a «Liberdade»;
- comparação («Que rasga a escuridão, como um luzeiro» - v. 4), salientando a luminosidade que provém da «espada»;
- metáfora («sinistro nevoeiro» - v. 8), conotando o carácter misterioso e ameaçador da «noite»;
- adjetivação profusa, servindo a caracterização do cavaleiro, da sua espada emblemática, e a recriação cénica do ambiente;
- antíteses («Firo»/«salvo»; «Prostro e desbarato»/«consolo»; «Subverto»/«resgato»), revelando a natureza paradoxal do cavaleiro (a qual atinge o seu ponto culminante no oxímoro «E, sendo a
Morte, sou a Liberdade.» - v. 14);
- …
       
Quanto aos aspetos formais, salienta-se:
- estrutura de soneto;
- verso decassílabo;
- esquema rimático abba (nas quadras) e ccd/eed (nos tercetos);
- …
       
Nota - Para a atribuição da totalidade da cotação referente ao conteúdo deste tópico do comentário, é considerada suficiente a apresentação de quatro elementos, englobando obrigatoriamente recursos estilísticos e aspetos formais.
       

Valor simbólico do «negro cavaleiro-andante»

Simbolicamente, o «negro cavaleiro-andante» representa:
- uma figura de carácter dual e paradoxal, simultaneamente de conotação positiva («Verdade» e «Liberdade») e de conotação negativa («Morte»);
- o processo de busca do conhecimento e do bem, personificado pelo «cavaleiro-andante» que, sendo detentor do «gládio de luz»/«espada da Verdade», prossegue o seu «curso aventureiro», dando cumprimento à sua missão libertadora;
- o carácter ambivalente e doloroso do processo de conquista e de afirmação de um ideal;
- …
       
Exame Nacional do Ensino Secundário nº 138. Prova Escrita de Português A, 12º Ano 
(plano curricular correspondente ao Dec.-Lei nº 286/89, de 29 de Agosto)
Curso Geral – Agrupamento 4. 2002, 2ª fase
       

        

        
SUGESTÕES DE LEITURA
        


[Post original: http://comunidade.sol.pt/blogs/josecarreiro/archive/2012/09/28/MORS.LIBERATRIX.aspx]