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quarta-feira, 4 de abril de 2018

36 Questions

As 36 perguntas cujas respostas te podem fazer apaixonar por alguém.





Veja as 36 perguntas que podem fazer um casal se apaixonar.

Responder a 36 perguntas pode fazer um casal de estranhos se tornar tão íntimos a ponto de se apaixonarem, segundo o psicólogo americano Arthur Aron. São três blocos de perguntas pessoais, em ordem crescente de intimidade, que devem ser respondidas em 45 minutos. A lista foi testada e publicada no "Personality and Social Psychology Bulletin".

Veja abaixo quais são as perguntas que podem fazer um casal se apaixonar:

1.º BLOCO
1) Podendo escolher qualquer pessoa no mundo, quem você convidaria para jantar?
2) Você gostaria de ser famoso? De que maneira?
3) Antes de fazer uma chamada telefônica, você já ensaia o que você vai dizer? Por quê?
4) O que constituiria um dia "perfeito" para você?
5) Quando foi a última vez que você cantou para si mesmo? E para outra pessoa?
6) Se você fosse capaz de viver até os 90 e manter a mente ou o corpo dos seus 30 pelos últimos 60 anos de sua vida, qual dos dois você escolheria?
7) Você tem um palpite secreto sobre como vai morrer?
8) Nomeie três coisas que você e seu parceiro parecem ter em comum.
9) Pelo que em sua vida você se sente muito grato?
10) Se você pudesse mudar alguma coisa sobre a maneira como foi criado, o que seria?
11) Em quatro minutos, diga ao seu parceiro sua história de vida com o máximo de detalhes possível.
12) Se você pudesse acordar amanhã e ter ganho qualquer qualidade ou habilidade, o que seria?

2.º BLOCO
13) Se uma bola de cristal pudesse lhe dizer a verdade sobre si mesmo, sua vida, o futuro ou qualquer outra coisa, o que você queria saber?
14) Existe alguma coisa que você já sonhou em fazer por um longo tempo? Por que você não fez isso?
15) Qual é a maior realização da sua vida?
16) O que você mais valoriza em uma amizade?
17) Qual é a sua memória mais querida?
18) Qual é a sua memória mais terrível?
19) Se você soubesse que em um ano iria morrer de repente, você mudaria alguma coisa sobre a maneira que está vivendo agora? Por quê?
20) O que a amizade significa para você?
21) Qual o papel do amor e da afeição na sua vida?
22) Alternadamente, compartilhem algo que vocês consideram uma característica positiva de seu parceiro. Compartilhem um total de cinco itens.
23) Quão próxima e afetuosa é a sua família? Você sente que sua infância foi mais feliz do que a maioria das outras pessoas?
24) Como você se sente sobre o seu relacionamento com sua mãe?

3.º BLOCO
25) Façam três declarações verdadeiras contendo a palavra "nós" cada. Por exemplo, "nós dois estamos nesta sala sentindo"
26) Complete esta frase: "Eu gostaria de ter alguém com quem eu pudesse compartilhar"
27) Se você está a caminho de tornar-se um grande amigo do seu parceiro, por favor, compartilhe algo que seria importante para ele ou ela saber.
28) Diga ao seu parceiro o que você gosta sobre ele ou ela; seja muito honesto, diga as coisas que você não pode dizer a alguém que você acabou de conhecer.
29) Compartilhe com seu parceiro um momento embaraçoso em sua vida.
30) Quando foi a última vez que você chorou na frente de outra pessoa? E sozinho?
31) Diga ao seu parceiro algo que você já gosta nele ou nela.
32) O que, se existir alguma coisa, é grave demais para se fazer piada a respeito?
33) Se você fosse morrer esta noite com nenhuma oportunidade de se comunicar com qualquer pessoa, o que você mais se arrepende de não ter dito a alguém? Por que você não disse?
34) Sua casa, que contém tudo que você possui, pega fogo. Depois de salvar seus entes queridos e animais de estimação, você tem tempo para salvar com segurança qualquer item. O que seria? Por quê?
35) De todas as pessoas da sua família, qual morte seria mais perturbadora para você? Por quê?
36) Compartilhe um problema pessoal e peça o conselho do seu parceiro sobre a forma como ele ou ela lidariam com isso. Além disso, peça ao seu parceiro para dizer para você como você parece estar se sentindo sobre o problema que você escolheu.




Em 1997, o psicólogo social Arthur Aron, da Universidade Estadual de Nova York, desenvolveu e publicou um estudo em que afirmou ser possível fazer com que duas pessoas desconhecidas se apaixonassem uma pela outra em poucas horas.
Ele mesmo teria atingido resultados positivos em laboratório. A técnica era relativamente simples: Aron desenvolveu 36 perguntas que os dois indivíduos deveriam responder um para o outro. No fim do questionário, os dois deveriam se encarar em silêncio por quatro minutos contados no relógio. E voilà: paixão enlatada, segundo ele.
As 36 perguntas são simples, mas obrigam os indivíduos a se exporem emocionalmente e pessoalmente. Vão desde “Se você pudesse jantar com qualquer pessoa do mundo, quem seria?” até “Qual o papel do amor e do afeto na sua vida?”.
O estudo conduzido por Aron é baseado na ideia de que demonstrar vulnerabilidades mútuas é capaz de cultivar proximidade e intimidade. O pesquisador identificou um padrão na construção de relacionamentos amorosos estáveis: transparência, entrega e sinceridade constantes, crescentes, recíprocas e pessoais. A lista de perguntas desenvolvida por ele tem como objetivo conduzir essa troca.

“Todos nós temos uma narrativa sobre nós mesmos que apresentamos para os outros, mas as perguntas do Dr. Aron fazem com que seja impossível usar essa narrativa.” Mandy Len Catron (Colunista do The New York Times)

A proposta de Aron ganhou manchetes em 2015, quando o jornal The New York Times publicou texto da colunista Mandy Len Catron em que ela disse ter-se apaixonado por alguém usando a lista de perguntas em um encontro.
Com ela, voltaram ao debate os questionamentos em torno da ideia de amor romântico. Se vulnerabilidade mútua pode levar à paixão, onde fica a ideia de uma alma-gêmea? Na desconstrução do conceito de amor ideal ao qual nos agarramos culturalmente todos os dias, há a possibilidade de entender as frustrações com a vida amorosa (ou a falta dela) e o número cada vez mais alto de divórcios nas sociedades ocidentais. […]


“O amor não aconteceu simplesmente para nós. Estamos apaixonados porque escolhemos isso.” (Mandy Len Catron, colunista do New York Times, sobre as 36 perguntas para se apaixonar.)
[...]
Ana Freitas, “Como o mito do amor romântico pode arruinar sua vida amorosa”, nexojornal.com.br, 12-06-2016

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36 Questions, o musical em forma de podcast


Um musical que foi criado para ser um podcast? 36 Questions é isso mesmo.


As vozes e os autores de <i>36 Questions</i> durante a gravação
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As vozes e os autores de 36 Questions durante a gravação ALISON GRASSO/TWO-UP


Como é que se faz um musical sem palco, sem luz, sem guarda-roupa, sem dezenas de actores? Que pode ser desfrutado gratuitamente, sem ser preciso estar em Nova Iorque ou Londres e lutar para talvez conseguir comprar um bilhete de centenas ou milhares de euros? A resposta é fácil, mostra-nos 36 Questions: faz-se em formato de podcast. E nada se perde na tradução para áudio, ao contrário do que acontece com as bandas-sonoras dos musicais, porque este foi idealizado de raiz para ser só ouvido. Assim se conta, através de notas de voz deixadas no telemóvel da mulher, a história de um casal a tentar reatar a relação. Os primeiros dois actos, ambos com pouco menos de uma hora de duração, foram disponibilizados em Julho. O último, a conclusão, sai a 7 de Agosto.
36 Questions é o nome pelo qual é conhecido um ensaio de 1997 sobre uma experiência em que várias séries de 36 perguntas desenhadas para duas pessoas que não se conhecem criam diferentes tipos de proximidade – o título verdadeiro, The Experimental Generation of Interpersonal Closeness: A Procedure and Some Preliminary Findings, daria um péssimo nome para um podcast. Assinado por, entre outros, o psicólogo norte-americano Arthur Aron, o estudo é uma inspiração para o podcast.
Natalie e Jase apaixonaram-se dois anos antes de a narrativa começar, em 2009, com a ajuda das célebres 36 perguntas. Acabaram de se separar há duas semanas, quando Jase descobriu que Natalie não se chamava Natalie, mas sim Judith, e tinha inventado uma boa parte da sua existência. Judith procura Jase na casa onde este cresceu, convencida de que, se responderem às 36 perguntas outra vez, desta vez com completa honestidade, poderão reavivar a relação entre os dois. Mas será que a relação pode sobreviver à mentira original? É essa a premissa da história, contada com coração, piada e uma surpreendente profundidade.
A voz de Judith é de Jessie Shelton, cantora, violinista e actriz nova-iorquina ainda em ascensão, enquanto a de Jase é de Jonathan Groff, que foi protagonista da série Looking, é o actor principal de Mindhunter, a produção de David Fincher para o Netflix que se estreia em Outubro, fez a voz de Kristoff em Frozen – O Reino do Gelo, e tem uma carreira vibrante na Broadway, tendo feito recentemente o papel do passivo-agressivo Jorge III do Reino Unido no êxito Hamilton. Ao contrário do que é possível fazer em palco, os cantores podem multiplicar as suas próprias vozes, não havendo mais ninguém a cantar com eles.
Chris Littler e Ellen Winter escreveram, compuseram a música e dirigiram os actores do musical. A dupla pertence a uma banda de Brooklyn, a Chamber Band, que estrutura cada álbum como se fosse um musical. Entre as suas influências como músicos, nomeiam pessoas que vão do compositor de musicais Stephen Sondheim à baixista e cantora de jazz e soul Esperanza Spalding, passando por artistas como Beck e bandas como Dirty Projectors. Este projecto, contudo, é influenciado pelo indie-rock/pop dos britânicos Alt-J e do duo norte-americano Sylvan Esso, além de compositores mais convencionais, segundo o Vulture, o siteda revista New York. Aqui, aliaram-se também ao sonoplasta Joel Raabe, que ajuda a preencher o universo da história para além dos diálogos e das 12 canções originais que os dois escreveram e estão disponíveis gratuitamente na plataforma Bandcamp. [...]

Rodrigo Nogueira, Ípsilon, 2017-08-07
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