Páginas

domingo, 15 de janeiro de 2023

O Andaime, Fernando Pessoa

 

 







5





10





15





20





25





30





35





40





45





50

O ANDAIME

O tempo que eu hei sonhado
Quantos anos foi de vida!
Ah, quanto do meu passado
Foi só a vida mentida
De um futuro imaginado!

Aqui à beira do rio
Sossego sem ter razão.
Este seu correr vazio
Figura, anónimo e frio,
A vida vivida em vão.

A esperança que pouco alcança!
Que desejo vale o ensejo?
E uma bola de criança
Sobe mais que a minha esperança.
Rola mais que o meu desejo.

Ondas do rio, tão leves
Que não sois ondas sequer,
Horas, dias, anos, breves
Passam — verduras ou neves
Que o mesmo sol faz morrer.

Gastei tudo que não tinha
Sou mais velho do que sou.
A ilusão, que me mantinha,
Só no palco era rainha;
Despiu-se, e o reino acabou.

Leve som das águas lentas,
Gulosas da margem ida,
Que lembranças sonolentas
De esperanças nevoentas!
Que sonhos o sonho e a vida!

Que fiz de mim? Encontrei-me
Quando estava já perdido.
Impaciente deixei-me
Como a um louco que teime
No que lhe foi desmentido.

Som morto das águas mansas
Que correm por ter que ser,
Leva não só as lembranças,
Mas as mortas esperanças —
Mortas, porque hão de morrer.

Sou já o morto futuro.
Só um sonho me liga a mim —
O sonho atrasado e obscuro
Do que eu devera ser — muro
Do meu deserto jardim.

Ondas passadas, levai-me
Para o olvido do mar!
Ao que não serei legai-me,
Que cerquei com um andaime
A casa por fabricar.

 

Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15.ª ed. 1995).  - 230.

1.ª publ. in Presença, n.º 30-32J. Coimbra: junho 1931.

Disponível em: http://arquivopessoa.net/textos/4207

 

 

A casa por fabricar: uma leitura do poema «Andaime» de Fernando Pessoa

1. Fala-se de Fernando Pessoa como se fala de um nosso amigo próximo. Anda na boca de toda a gente: desde os simples empregados de escritório até aos políticos que o citam nos seus discursos parlamentares ou nos comícios partidários. É pau para toda a colher. Pintam-no nas paredes e nos postes eléctricos, pelas ruas, vêm fotos nos jornais, fazem-se programas de rádio e televisão, usam-no até para vender máquinas de escrever.

Porém, este conhecimento, este andar de boca em boca é superficial. Poucos sabem realmente quem foi Fernando Pessoa, poucos lêem e compreendem a sua obra. Ele próprio passara a existência a tentar descobrir quem vivia dentro de si, que significado haveria por detrás dos seus pensamentos. A pergunta «quem não sou?» é posta ao longo de toda a sua obra.

É nossa pretensão neste estudo definir algumas fronteiras de Pessoa ortónimo, servindo-nos de um dos seus poemas menos «badalados»: "O Andaime". Sabemos que o devaneio lírico e a musicalidade caracterizam a forma de ser poeta na perspectiva ortónima. A dificuldade maior será abrir sendas pela imensidade florestal que é toda a obra poética deste grande da nossa literatura. Ele é tudo e em todos os heterónimos há afinidades, semelhanças que, no fundo, o tornam único.

É característico de Pessoa ortónimo a abundância de aliterações e de rimas internas. A linguagem é sóbria e intimista. A nível temático, a maior parte das composições que constituem o Cancioneiro, chora uma felicidade passada, para lá da infância. A inquietação metafísica perpassa por cada verso, bem medido, longe do caudal impetuoso e aparentemente desgovernado de Álvaro de Campos.

É isso que tentaremos verificar no poema "O Andaime", publicado na revista Presença em junho de 1931.

2. Fernando Pessoa intitulou o poema de "O Andaime", aparecendo a mesma palavra na última estrofe da composição. Andaime é um vocábulo de origem árabe que os dicionários descrevem como uma armação de madeira ou ferro de que se servem os pedreiros para construir um edifício, sendo desmontada após a construção. É também utilizado para restauro de paredes de edifícios arruinados. Porquê o andaime nesta composição? Diz António Quadros que há sempre na poesia de Pessoa «um trilho para as alturas, uma temática de levitação para além de tudo» (Quadros, 1987: 62). Palavras como sol, sobe e o próprio andaime são disso testemunhas no poema em análise.

O andaime é um meio de fazer erguer, para elevar às alturas, as paredes de uma casa. No poema, a casa é a vida do poeta. Contrapõe-se a altura do sol e do andaime à planura do rio e do mar. a «casa por fabricar» é o que nunca chegou a ser; o andaime as esperanças irrealizáveis, o projecto inconcluso, a ilusão que se revelou numa mentira. O andaime, afinal, não serviu para construir a casa; era inútil como a vida e seus anseios.

A casa, na simbologia geral, é o centro do mundo e significa o ser interior, o refúgio íntimo de cada homem. Nesta composição, o poeta sente-se vazio, pois a casa não chegou a ser edificada. O seu interior, a sua alma, é um vácuo enorme rodeado por um andaime inútil.

Fernando Pessoa tem uma imaginação aquática por excelência. É quase obsessivo o tema da água na sua obra. Lembremo-nos das odes de Álvaro de Campos, um engenheiro naval, e da Mensagem. No poema em análise temos o rio, as ondas, as águas lentas e mansas, o mar.

O rio, como escoamento das águas, é símbolo de fertilidade, de morte e de renovação. A corrente é a vida; a água descendo para o oceano e o ajuntamento das águas o retorno à indiferenciação (cf. Chevalier, 1982: 449). O poeta recorda o seu passado olhando as ondas do rio. Elas lembram-lhe a vida «vivida em vão». O «correr vazio» do rio é como a própria vida. O poeta está na margem sossegado e não encontra nenhuma razão para explicar o seu sossego. Antes pelo contrário, deveria estar agitado, inconformado com aquilo em que se tornou. Olha com indiferença as ondas, ouvindo o «som morto das águas». Tudo passa, tudo vai, como a corrente do rio. A velha ideia heraclitiana está aqui bem presente. No fragmento 12 da edição de Diels, diz Heraclito: «ceux qui entrent dans les mêsmes fleuves reçoivent le courant d'autres et d'autres eaux et les âmes s'exhalent des substance humides».

As ondas indicam uma ruptura com a vida habitual, uma mudança nas ideias, atitudes, nos comportamentos do sujeito (Chevalier, 1982: 450). O poeta de "O Andaime" descreve-as tão leves que nem são «ondas sequer». O corte entre o passado e a tomada de consciência no presente é radical. Todo o seu passado foi um grande erro, um engano colossal.

As águas lentas e mansas remetem-nos para a obra de Bachelard, L'Eau et les Rêves. Diz Bachelard que a água leva «au loin, l'eau passe comme les jours» (Bachelard: 125). «Elle este une substance pleine de réminiscenses et de rêveries divinatrices» (Ibidem: 122). É a mestra da linguagem fluida, da linguagem sem choques, contínua, da linguagem que abranda o ritmo, que transforma em matéria uniforme os ritmos diferentes (cf. Ibidem: 250). Paul Claudel dizia que tudo o que o coração deseja se pode reduzir à figura da água.

As águas calmas e lentas simbolizam o desejo da morte: «pour certaines âmes, l'eau tient vraiment la mort dans sa substance. Elle comunique une rêverie où l'horreur est lente et tranquile» (Bachelard: 122; cf. Ibidem: 66). As águas mansas funcionam como um convite à morte. Para Heraclito, a morte era a própria água. É expressivo o uso do adjectivo morto no poema de Pessoa, associado ao som das águas e ao eu do poeta.

O mar é símbolo da dinâmica da vida. Tudo sai do mar e a ele regressa. Aí se nasce e aí se morre. É a encarnação da Grande Mãe, de que fala Gilbert Durand. O poeta pede às ondas que o levem «Para o olvido do mar». É o desejo do retorno ao seio materno, à indiferenciação. Só o mar é remédio, só as suas águas o podem envolver no esquecimento.

O complexo de Caronte, assim designado por Bachelard, parece reflectir-se neste poema de Fernando Pessoa. O apelo que o poeta faz às ondas para que o levem, lembra um outro de Baudelaire em Les Fleures du Mal: «O mort, vieux capitaine, il est temps! Levons l'ancre!» Tudo o que de lento há na morte é marcado pela figura do barqueiro horrível. As ondas, o rio que corre, são o caminho de Caronte a transportar a alma do poeta para o mar alto, o túmulo do «olvido». O rio não é o objectivo, mas o meio para alcançar a paz plena do mar e do indefinido.

Na Teogonia de Hesíodo, a água doce estagnada dos rios e a água fecunda e furiosa do oceano antagonizam-se. a paz que o poeta deseja não é o marasmo, a inércia que sobre si se abate quando olha o rio preguiçoso. É a paz espumante do oceano, larga e abrupta numa eterna aventura desigual e única. Talvez do mar renasça um novo ser e a vida recomece, menos ilusória, menos enganadora.

Sabemos que o sonho é um veículo de criação de símbolos. Fernando Pessoa é um sonhador. Ele próprio o diz: «Toda a minha vida foi de passividade e de sonho».

O cepticismo pela vida real transforma-se, no poema "O Andaime", num cepticismo pela vida de sonho. O poeta encara o passado como um sonho vão. Nada do que sonhara se realizou, a sua vida foi uma inteira desilusão. O estado natural do poeta era o sonho. Como a realidade era dolorosa, efémera, rotineira, refugiava-se na fantasia. O alívio, diz João Mendes, procurava-o «no sonho, não só como evasão da vida angustiada e sem solução; mas porque de facto o sonho se torna mais verdadeiro que a realidade concreta» (Mendes, 1983: 287). Porém, em "O Andaime", o poeta descobre que também o sonho é enganador e absurdo. A vida e o sonho são ambos sonhos. Nada é útil para resolver o conflito interior. Resta a morte, o «olvido». A futilidade da vida consciente e o absurdo do inconsciente obrigam o poeta a preferir o seio do mar.

A infância é símbolo da inocência e da simplicidade, o estado anterior ao erro. A saudade do tempo de criança é uma constante que atravessa toda a obra de Fernando Pessoa. Sabemos que até aos seis anos ele fora exclusivamente o «menino de sua mãe» e que, a partir daí, tivera de repartir com os seus irmãos recém-chegados essa exclusividade. Tal evento «repercutiu-se-lhe profundamente na alma, tornando-se uma criança e depois um jovem ensimesmado, solitário, introspectivo, melancólico, que procurou sucessivos escapes para a situação ressentida como de abandono e dupla orfandade» (Quadros, 1987: 24). Também no poema "O Andaime" parece delinear-se esta problemática, implicitamente no desejo de retorno ao seio materno atrás explicitado, e na alusão à «bola de criança». Na quintilha terceira, o poeta compara a sua esperança e o seu desejo a uma bola. A bola atirada por uma criança ao alto sobe mais do que a esperança que sente, do que o desejo que tem. As crianças são solícitas. Ele, ao contrário, é morno, quase frio, impotente de vontade. Talvez quando criança fosse mais perseverante nos seus desejos e esperanças.

As recordações afluem-lhe à memória com a correnteza fluvial. Mas essa correnteza leva, juntamente com as esperanças, os sonhos irrealizáveis. O poeta está de mãos vazios perante o rio que corre. Ressalta um sentimento de fatalidade angustiante, «de fracasso metafísico, de queda de um sonho anterior» (Quadros, 1987: 56). As esperanças estão mortas porque já não acredita nelas; mas hão-de morrer porque ainda não as esqueceu. O poeta sente-se um morto, como cadáver que deu à margem do rio.

Mantinha-o uma visão irreal, impossível: «Só no palco era rainha / Despiu-se e o reino acabou». Ele encontrou-se, «Quando estava já perdido». É como chegar atrasado a um encontro que não foi marcado. Tal como um louco, teimava no que não tinha solução. A sensação de loucura é própria de alguém que choca com a realidade e que não a aceita ou a compreende de uma forma desviante. Agora cai em si e vê o engano. Apenas um sonho liga o seu pensamento ao corpo: ser muro de jardim.

A simbologia do muro e do jardim tem a sua importância para a compreensão do poema. O muro simboliza a comunicação cortada, interrompida. Pode servir para defesa, protecção, mas é ao mesmo tempo símbolo de cárcere. O jardim simboliza o paraíso terrestre, celeste ou cósmico. Aparece nos sonhos como a expressão de um desejo puro. O muro de jardim mantém as forças internas que florescem. Não se penetra no jardim senão por uma porta estreita (Cf. Chevalier, 1982: 531-533). Contudo, o poeta fala de um «deserto jardim». Não tem árvores nem canteiros de flores. Está deserto como a sua própria alma. Deste modo, o paraíso que o jardim simboliza torna-se o vazio, a ausência da felicidade; o muro o corte, o impedimento de realizar o sonhado. O corpo do poeta é o muro da alma, o guardião, a defesa do que já nada há para guardar. O jardim é a sua alma árida e deserta, sem sonhos, sem vida, sem passado, sem futuro.

3. A intertextualidade é, como a considera Bakhtine, descobrir num texto outras vozes escondidas. É a presença polifónica de várias vozes num texto literário. Formulado este conceito por Julia Kristeva nos anos 60, já Baudelaire, no século XIX, se referira implicitamente a ele. Baudelaire considerava o cérebro humano como sendo constituído por camadas que se inter-relacionam. Do mesmo modo um texto literário é contituído por camadas, externas ou internas ao escritor, que se inter-relacionam (Silva, 1986: 624 e seguintes).

Há vários tipos de intertextualidade. Os que nos interessam para a busca de analogias no poema "O Andaime" são a hetero-autoral, que é a relação de um texto literário com textos de outros escritores; e a homo-autoral. Nesta, o autor espelha a sua própria obra.

A intertextualidade pressupõe sempre outros textos. Procuraremos sugerir, nos próximos parágrafos, a possível analogia de "O Andaime" com vários textos do mesmo autor e de outros autores.

Se compararmos esta composição com a "Sôbolos Rios" de Camões, deparamos com uma afinidade na forma estrófica, métrica e rítmica. A afinidade do vocabulário e de certa temática parece-nos igualmente similar. Expressões em "Sôbolos Rios" como lembranças, tempo passado, rio corrente, sonho imaginado, Quantos enganos / Faz o tempo às esperanças, um gosto que hoje se alcança, desejo em desejo, por sol, por neves, mal presente, são rios estas águas e a morte indicam uma franca analogia com o poema de Fernando Pessoa.

Camões adapta o que diz o salmo 136, Super Flumina Babylonis, à sua própria vida. No salmo, os judeus, «desterrados na Babilónia, choram o tempo em que viveram felizes na sua terra (Saraiva, 1980: 100). Assim, o poeta, na margem do rio, chora o tempo passado e o seu mal presente. Reconhece, contudo, que o que passou não lhe dá contentamento nenhum. Ficou-lhe apenas a lembrança de uma esperança perdida. Aquilo que ele pensava ser um grande bem é apenas desilusão. A luz, a resolução da crise, vem-lhe do amor e da misericórdia divina, da Jerusalém celeste.

Fernando Pessoa, da mesma forma, olha as águas correntes e nelas revê os enganos da sua vida passada. Todavia, não resolve o conflito interior por uma saída escatológica, tal como em Camões. A sua única saída é o «olvido do mar», o deixar-se arrastar pelas águas, sem desejos, sem esperanças, ansiando apenas o esquecimento, o aniquilamento total.

Este é um dos exemplos mais característicos da intertextualidade hetero-autoral. Cremos que Fernando Pessoa, conscientemente ou não, foi influenciado pelo texto de "Sôbolos Rios" no momento em que compunha o poema "O Andaime".

Da intertextualidade homo-autoral há inúmeros exemplos, tanto no Fernando Pessoa ortónimo como no heterónimo. Centrar-nos-emos no ortónimo.

Entre 1928 e 1933 Fernando Pessoa compôs pelo menos cinco poemas tendo a paisagem fluvial como cenário. Um deles é "O Andaime". A identidade vocabular e simbólica entre este e, por exemplo "Na Ribeira deste Rio" e "Bóiam Leves" é flagrante. No primeiro, o poeta passa os dias junto ao rio, olha-o, vê «os rastros que ele traz» e o «que ficou para trás». Vê e medita, não no rio que passa, mas no que vai pensando. Na segunda composição, as águas paradas absorvem a imaginação do poeta. Os seus pensamentos de mágoa «bóiam leves», como Ofélia morta. «São coisas vestindo nadas», «vestígios do que não foi».

No poema sem data "Na Quinta entre Ciprestes", o devir heraclitiano está também presente: «No rio ao pé dos salgueiros / Passam as águas em vão». Trazem consigo tristezas de outras gentes que, juntas com as do poeta, aumentam o seu caudal.

Em 1933 escreve "Entre o Sono e o Sonho". O poeta, neste poema, diz que entre si e aquilo que supõe ser «corre um rio». Esse rio é o passado, a vida que foi: «Chegou onde hoje habito / A casa que hoje sou». O passado dormente morre no rio que desliza.

4. Abordámos no nosso estudo alguns pontos que nos parecem importantes para uma maior clarividência de um dos poemas que consideramos fundamental para o entendimento da poética de Fernando Pessoa. Longe dos moldes modernistas, o poema "O Andaime" ressente-se de certa atmosfera simbolista. Da abordagem simbólica e temática, concluímos da presença no poeta de um cepticismo perante a vida real e de sonho, ambas enganadoras e fúteis, e do desejo da morte. A longa composição de Camões "Sôbolos Rios" não terá sido de todo estranha a Fernando Pessoa quando da construção de "O Andaime", uma vez que há ressaibos análogos em ambos os poemas. A temática do rio que corre como vida que passa em retrospectiva é uma recorrência em muitas das composições poéticas da obra ortónima de Fernando Pessoa.

Fernando Pessoa não é um poeta apenas para ser falado. A fama corrompe e a moda passa. Saber ler Pessoa é descobrir os seus dramas e, por ele, tentar compreende os nossos. Foi um homem vulgar, correspondente comercial de firmas medíocres. Porém, soube olhar para dentro de si, para a rua onde passava, o quarto onde dormia, o mar que se fixava no horizonte, e descobriu o para lá: «Vi todas as coisas e maravilhei-me de tudo / Mas tudo sobrou ou foi pouco».

 

BIBLIOGRAFIA

BACHELARD, Gaston (19--), L'Eau et les Rêves, 6ª ed., Paris, Librairie José Corti.

CHEVALIER, Jean e Alain GHEERBRANT (1982), Dictionnaire des Symboles, Paris, Éditions Robert Laffont.

MENDES, João (1983), Literatura Portuguesa IV, 2ª ed., Lisboa, Editorial Verbo.

PESSOA, Fernando (1958), Poesias, 5ª ed., Lisboa, Edições Ática (daqui se extraiu o poema "O Andaime", pp. 232-234).

QUADROS, António (1987), «Introdução à Vida e Obra Poética de Fernando Pessoa», em Poemas de Alberto Caeiro, Mem Martins, Publicações Europa-América.

SARAIVA, António José (1980), Luís de Camões, 3ª ed., Amadora, Livraria Bertrand.

SILVA, Aguiar Vítor Manuel de (1986), Teoria da Literatura, 7ª ed., Coimbra, Livraria Almedina.

 

José Leon Machado, 1991

Disponível em: http://www.ipn.pt/literatura/letras/ensaio15.htm (consultado em 12-01-2003)

 

Poderá também gostar de:

Fernando Pessoa - Apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária da obra de Fernando Pessoa, por José Carreiro.



Sem comentários:

Enviar um comentário