No
enredo da canção "Aquarela" (1983), a personagem colore o mundo que
imagina. Com o lápis, elege o céu num encontro com o mar e completa a cena:
"Pinto um barco a vela branco navegando". A gaivota é um pingo azul
no papel.
(Mônica Costa, Publifolha 15-11-2014)
AQUARELA
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando
A imensa curva norte-sul
Vou com ela viajando
Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
É tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo
Um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo
Sereno indo
E se a gente quiser
Ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega num muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
E depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá)
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
(Que descolorirá)
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
(Que descolorirá)
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando
A imensa curva norte-sul
Vou com ela viajando
Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
É tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo
Um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo
Sereno indo
E se a gente quiser
Ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega num muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
E depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá)
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
(Que descolorirá)
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
(Que descolorirá)
Vinicius de Moraes, Toquinho, Guido Morra, Maurizio
Fabrizio
De acordo com o texto acima, responda
as questões de 01 a 03:
01. No verso, "Corro o lápis em
torno da mão e me dou uma luva", a expressão em destaque sugere:
A) o
desenho da mão.
B)
a confecção da luva.
C)
o colorido da mão.
D)
a pintura dos dedos.
E)
o contorno do pincel
02. A aquarela de que fala na música
está:
A)
no desenho e na vida real.
B)
no desenho e na imaginação.
C)
na pintura, apenas.
D)
na vida real e na imaginação
E)
no desenho do lápis.
03. No poema a expressão "beijo
azul" sugere o encontro:
A)
da vela do barco com o céu.
B)
do avião com o céu.
C)
do barco com o mar.
D) do
céu com o mar.
E)
do céu com a terra
Fonte: http://www.vivacomunidade.org.br/wp-content/uploads/2013/05/GABARITO-Prova-sele%C3%A7%C3%A3o-ACS-MANH%C3%83.pdf,
2013
RESENHA DA MÚSICA AQUARELA
(TOQUINHO)
A melodia da música “Aquarela” é uma fusão
de uma antiga canção de Toquinho e Vinícius de Moraes, de 1974, chamada “Uma
Rosa em Minha Mão”. Em 1982, Toquinho e o italiano Maurizio Fabrizio compuseram
uma nova melodia para música “Aquarela”. A letra original é em italiano, de
Guido Morra. Foi um enorme sucesso na Itália, na voz do próprio Toquinho. A
canção intitulava se Acquarello. Só posteriormente foi gravada em português,
com uma letra adaptada da original italiana.
“Numa folha qualquer / eu desenho um sol
amarelo / E com cinco ou seis retas / é fácil fazer um castelo / Corro o lápis
em torno da mão / e me dou uma luva / E se faço chover com dois riscos / tenho
um guarda chuva”, inicia se tratando do meio infantil, a criatividade ao se
expressar, e a representação do mundo o qual rodeia a criança.
A segunda estrofe relata, principalmente,
a simplicidade, a criatividade e a imaginação de uma criança: “Se um pinguinho
de tinta cai num / pedacinho azul do papel / num instante imagino uma linda /
gaivota a voar no céu”.
Em “Numa folha qualquer eu desenho / um
navio de partida / com alguns bons amigos bebendo / de bem com a vida”, o termo
“navio de partida”, faz analogia, ao barco que desenhamos, que esta navegando,
conduzindo, as lembranças e atitudes da vida, e, “com alguns bons amigos
bebendo de bem com a vida”, representa a saída da infância.
Em “De uma América a outra consigo /
passar num segundo / Giro um simples compasso e num / círculo eu faço o mundo”,
há referência à fase da adolescência, há problemas, que na mesma perspectiva,
parecem simples e fácil de solucionar.
“E o futuro é uma astronave que / tentamos
pilotar / Não tem tempo nem piedade / nem tem hora de chegar”, nesses versos,
possivelmente se percebe traços da vida adulta. Há o planejamento do futuro, e
ações referentes ao mesmo, suas consequências, porém são imprevisíveis. “Nessa
estrada não nos cabe / conhecer ou ver o que virá / O fim dela ninguém sabe bem
ao / certo onde vai dar”, demonstrando o futuro incerto.
Em “Vamos todos numa linda passarela / de
uma aquarela que um da enfim / Descolorirá”, em uma linda passarela, na vida,
com os sonhos, vontades e personalidade, enfim descolorirá, acabará. Pode se
entender a brevidade da vida, que um dia tudo que se vivencia, se luta, terá um
fim.
E, para concluir o poema com a mesma ideia
analisada: “Numa folha qualquer eu desenho / um sol amarelo (que descolorirá) /
e com cinco ou seis retas é fácil / fazer um castelo (que descolorirá) / Giro
um simples compasso e num / círculo eu faço o mundo (e descolorirá)”, nesses
versos, à analise subjetiva da vida, no inicio, o modo infantil de observar e
interpretar aperfeiçoa, o que um dia, extraordinariamente essencial, não
surgirá efeito, acabará, representado de modo geral, as várias etapas da vida.
A letra dessa canção consegue nos fazer
refletir sobre a vida e o término de tudo, ou seja, retrata sobre a nossa
própria passagem pela Terra, que um dia descolorirá que tudo o que se construiu
tudo o que se criou um dia terminará é a lei da vida. Fica uma reflexão: É
nossa obrigação aproveitarmos o hoje, sermos felizes agora, pois um dia tudo
não passará de lembranças e de saudades.
Rio Grande do Norte, Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia. Professora: Elaine. Upload para
https://www.academia.edu/10175736/Resenha_Aquarela_Toquinho?auto=download, por
Dayana Maria.
PODERÁ TAMBÉM
GOSTAR DE:
- Unidade didática sobre a música “Aquarela” de Toquinho, por Janete Fassini Alves. Farroupilha / RS, Secretaria Municipal de Educação. <http://pactofarroupilha.pbworks.com/w/file/fetch/68726213/Janete%20Aquarela.docx>
- Atividades destinadas ao 8.º ano da Escola José Medeiros - São Brás/AL, pelo professor Telmo Oliveira, 11-05-2015 <http://aulasdoprofessortc.blogspot.pt/2015/05/atividades-destinadas-ao-8-ano-da.html>
- “Aquarela em seus rizomas”, Hildeliza Cabral et alii. Revista Philologus, Ano 21, N° 63 – Supl.: Anais da X CNLF. Rio de Janeiro: CiFEFiL, set./dez.2015. <http://www.filologia.org.br/rph/ANO21/63supl/038.pdf>
- Prova CONSAB - Seleção Pública 01/2016 <http://gestoreditais.com.br/midias/edital/44/547/prova-pdf_56.pdf>:
Observe
a música “Aquarela” composta por Toquinho para responder às questões de 01 a
15.
AQUARELA
1 Numa folha qualquer eu desenho um
sol amarelo
2 E com cinco ou seis retas é fácil
fazer um castelo.
3 Corro o lápis em torno da mão e
me dou uma luva,
4 E se faço chover, com dois riscos
tenho um guarda-chuva.
5 Se um pinguinho de tinta cai num
pedacinho azul do papel,
6 Num instante imagino uma linda
gaivota a voar no céu.
7 Vai voando, contornando a imensa
curva Norte e Sul,
8 Vou com ela, viajando, Havai,
Pequim ou Istambul.
9 Pinto um barco a vela branco,
navegando, é tanto céu e mar num beijo azul.
10 Entre as nuvens vem surgindo um
lindo avião rosa e grená.
11 Tudo em volta colorindo, com suas
luzes a piscar.
12 Basta imaginar e ele está
partindo, sereno, indo,
13 E se a gente quiser ele vai
pousar.
14 Numa folha qualquer eu desenho um
navio de partida
15 Com alguns bons amigos bebendo de
bem com a vida.
16 De uma América a outra consigo
passar num segundo,
17 Giro um simples compasso e num
círculo eu faço o mundo.
18 Um menino caminha e caminhando
chega no muro
19 E ali logo em frente, a esperar
pela gente, o futuro está.
20 E o futuro é uma astronave que
tentamos pilotar,
21 Não tem tempo nem piedade, nem
tem hora de chegar.
22 Sem pedir licença muda nossa
vida, depois convida a rir ou chorar.
23 Nessa estrada não nos cabe
conhecer ou ver o que virá.
24 O fim dela ninguém sabe bem ao
certo onde vai dar.
25 Vamos todos numa linda passarela
26 De uma aquarela que um dia,
enfim, descolorirá.
*
01.
Nos primeiros quatro versos, quais são os itens que o autor fala em desenhar?
a) Um sol, um
castelo, uma luva e um guarda-chuva.
b) Um sol
amarelo, seis retas, uma luva e chuva.
c) Uma folha
qualquer, cinco retas, um lápis e um guarda chuva.
d) Um sol, um
castelo, um lápis e um guarda-chuva
02.
Ainda sobre os primeiros quatro versos, pode-se afirmar que:
a) o autor
desenha um sol qualquer numa folha amarela.
b) fazer um
castelo é fácil.
c) o autor
corre usando luva.
d) com dois
riscos o autor faz chover.
03.
De acordo com o quinto verso, o que cai num pedacinho de papel?
a) Um
pinguinho de tinta azul.
b) Um
pedacinho do céu.
c) Um
pinguinho de tinta.
d) Um
pedacinho azul de tinta.
04.
No sétimo verso, “Vai voando, contornando a imensa curva Norte
e Sul”, qual o sujeito dos verbos voando e
contornando?
a) Eu.
b) Céu.
c) Instante.
d) Gaivota.
05.
No oitavo verso, “Vou com ela, viajando, Havai, Pequim ou
Istambul”, quem é ela?
a) Gaivota.
b) Linda.
c) Tinta.
d) Curva Norte e Sul.
06.
Segundo o décimo verso, o que surge entre as nuvens?
a) Um avião e
um grená
b) Um avião
rosa e grená.
c) Um avião
rosa e um grená.
d) Um avião e
um rosa grená.
07. O
décimo primeiro verso, “Tudo em volta colorindo, com suas luzes a
piscar”, faz referência a quê?
a) Às nuvens.
b) Ao grená.
c) Ao avião.
d) Ao céu.
08.
No décimo segundo verso, “Basta imaginar e ele está partindo, sereno,
indo”, quem é ele?
a) O barco.
b) O grená.
c) O céu.
d) O avião.
09.
Nos versos 14 e 15, o que desenha o autor?
a) Um navio
de partida e alguns bons amigos
b) Um navio
qualquer com alguns amigos.
c) Um navio
qualquer numa folha com alguns amigos.
d) Uma folha
qualquer com alguns amigos.
10.
Por que, no verso 16, o autor diz “De uma América a outra consigo
passar num segundo”?
a) Porque o
autor possui uma máquina de teletransporte.
b) Porque no
desenho no papel, para ir de uma América a outra, a distancia é muito pequena.
c) Porque o
autor conhece um atalho.
d) Porque o
autor já viajou muito por este trajeto.
11.
No verso 17, “Giro um simples compasso...”, a palavra
sublinhada é:
a) Um
substantivo.
b) Um verbo.
c) Um
adjetivo.
d) Um artigo.
12.
No verso 18, “Um menino caminha e caminhando chega no muro”,
as palavras sublinhadas são todas:
a) Artigos.
b) Adjetivos.
c)
Substantivos.
d) Verbos.
13.
No verso 21, “Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de
chegar”, as palavras sublinhadas são todas:
a)
Substantivos.
b) Adjetivos.
c) Verbos.
d) Artigos.
14.
No verso 22, “Sem pedir licença muda nossa vida, depois convida
a rir ou chorar”, quem é o sujeito dos verbos sublinhados:
a) Piedade.
b) Futuro.
c) Hora.
d) Menino.
15.
Quantas estrofes tem a canção?
a) 26.
b) 16.
c) 06.
d) 36.
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