À luz gelada do
amanhecer
ele toma a direcção da
praia
a força do mar
arrima-o um pouco
ao imo prestado pelos
elementos
observa a fúria da
areia que voa
açoita a cara
empurrando-o
a procurar abrigo.
Sim, que ausência.
Rolam tumultuosas mas
lentamente
as letras para sua
própria ordem
por imposição
incendiária de montanhas
de rios e de cidades.
Sim, muitos deixam as
ilhas
areias cristais e
buscam continuamente
forma onde repousar.
– Sim, dir-me-ás tudo
isso
mas eu não sei o que
quero nem o que faço
para que tudo se
represente igual sempre igual a si mesmo.
[Post original: http://comunidade.sol.pt/blogs/josecarreiro/archive/2010/02/11/ausencia.aspx]
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