Alma ruim e cruel que enfim
partiste
Tão tarde - diz o povo
descontente
Descansa no inferno eternamente
Que nenhum português ficará
triste.
E se de lá do fundo inferno
onde desceste
Memória deste mundo se consente
Que não esqueças a Lusa Gente
A quem tão maus tratos
infligiste.
E se vires que te é dado compensar
De alguma forma a dor que nos deixaste
Nestes quarenta anos de
pesar
Roga a Deus em quem sempre
acreditaste
Que bem cedo te mande acompanhar
Da corja de bandidos que criaste.
(outubro 1968)
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