UMA
BOTÂNICA DA PAZ: VISITAÇÃO
Tenho
uma flor
de
que não sei o nome
Na
varanda,
em
perfume comum
de
outros aromas:
hibisco,
uma roseira,
um
pé de lúcia-lima
Mas
esses são prodígios
para
outra manhã:
é
que esta flor
gerou
folhas de verde
assombramento,
minúsculas
e leves
Não
a ameaçam bombas
nem
românticos ventos,
nem
mísseis, ou tornados,
nem
ela sabe, embora esteja perto,
do
sal em desavesso
que
o mar traz
E
o céu azul de Outono
a
fingir Verão
é,
para ela, bênção,
como
a pequena água
que
lhe dou
Deve
ser isto
uma
espécie da paz:
um
segredo botânico
de
luz
Ana Luísa Amaral, Entre
Dois Rios e Outras Noites, 2007
Questionário sobre a leitura do poema «Uma
botânica da paz: visitação»:
1.
Explique
a razão da escolha do título, tendo e atenção o assunto do poema.
2.
O
sujeito poético começa por se referir à flor de diferentes formas. Explique
qual o seu objetivo.
3.
Comprove
a existência de vários sentidos para captar a realidade, no poema.
4.
Identifique
o recurso expressivo presente na quarta estrofe e explique o seu valor
expressivo.
Liliana
Vieira Conde, Sebenta Português 12.º ano - Poetas do século XXI - Ana
Luísa Amaral <https://xdocs.com.br/doc/poetas-do-seculo-xxi-qnjxxrmx5486>
CARREIRO, José. “Uma
Botânica da Paz: Visitação (Ana Luísa Amaral, 1956-2022)”. Portugal, Folha
de Poesia, 11-08-2022. Disponível em: https://folhadepoesia.blogspot.com/2022/08/uma-botanica-da-paz-visitacao-ana-luisa.html
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