Veja as 36 perguntas que podem fazer um casal se apaixonar.
Responder a 36 perguntas pode fazer um casal de estranhos se
tornar tão íntimos a ponto de se apaixonarem, segundo o psicólogo americano
Arthur Aron. São três blocos de perguntas pessoais, em ordem crescente de
intimidade, que devem ser respondidas em 45 minutos. A lista foi testada e publicada
no "Personality and Social Psychology Bulletin".
Veja abaixo quais são as perguntas que podem fazer um casal
se apaixonar:
1.º BLOCO
1) Podendo escolher qualquer pessoa no mundo, quem você
convidaria para jantar?
2) Você gostaria de ser famoso? De que maneira?
3) Antes de fazer uma chamada telefônica, você já ensaia o
que você vai dizer? Por quê?
4) O que constituiria um dia "perfeito" para você?
5) Quando foi a última vez que você cantou para si mesmo? E
para outra pessoa?
6) Se você fosse capaz de viver até os 90 e manter a mente
ou o corpo dos seus 30 pelos últimos 60 anos de sua vida, qual dos dois você
escolheria?
7) Você tem um palpite secreto sobre como vai morrer?
8) Nomeie três coisas que você e seu parceiro parecem ter em
comum.
9) Pelo que em sua vida você se sente muito grato?
10) Se você pudesse mudar alguma coisa sobre a maneira como
foi criado, o que seria?
11) Em quatro minutos, diga ao seu parceiro sua história de
vida com o máximo de detalhes possível.
12) Se você pudesse acordar amanhã e ter ganho qualquer
qualidade ou habilidade, o que seria?
2.º BLOCO
13) Se uma bola de cristal pudesse lhe dizer a verdade sobre
si mesmo, sua vida, o futuro ou qualquer outra coisa, o que você queria saber?
14) Existe alguma coisa que você já sonhou em fazer por um
longo tempo? Por que você não fez isso?
15) Qual é a maior realização da sua vida?
16) O que você mais valoriza em uma amizade?
17) Qual é a sua memória mais querida?
18) Qual é a sua memória mais terrível?
19) Se você soubesse que em um ano iria morrer de repente,
você mudaria alguma coisa sobre a maneira que está vivendo agora? Por quê?
20) O que a amizade significa para você?
21) Qual o papel do amor e da afeição na sua vida?
22) Alternadamente, compartilhem algo que vocês consideram
uma característica positiva de seu parceiro. Compartilhem um total de cinco
itens.
23) Quão próxima e afetuosa é a sua família? Você sente que
sua infância foi mais feliz do que a maioria das outras pessoas?
24) Como você se sente sobre o seu relacionamento com sua
mãe?
3.º BLOCO
25) Façam três declarações verdadeiras contendo a palavra
"nós" cada. Por exemplo, "nós dois estamos nesta sala
sentindo"
26) Complete esta frase: "Eu gostaria de ter alguém com
quem eu pudesse compartilhar"
27) Se você está a caminho de tornar-se um grande amigo do
seu parceiro, por favor, compartilhe algo que seria importante para ele ou ela
saber.
28) Diga ao seu parceiro o que você gosta sobre ele ou ela;
seja muito honesto, diga as coisas que você não pode dizer a alguém que você
acabou de conhecer.
29) Compartilhe com seu parceiro um momento embaraçoso em
sua vida.
30) Quando foi a última vez que você chorou na frente de
outra pessoa? E sozinho?
31) Diga ao seu parceiro algo que você já gosta nele ou
nela.
32) O que, se existir alguma coisa, é grave demais para se
fazer piada a respeito?
33) Se você fosse morrer esta noite com nenhuma oportunidade
de se comunicar com qualquer pessoa, o que você mais se arrepende de não ter
dito a alguém? Por que você não disse?
34) Sua casa, que contém tudo que você possui, pega fogo.
Depois de salvar seus entes queridos e animais de estimação, você tem tempo
para salvar com segurança qualquer item. O que seria? Por quê?
35) De todas as pessoas da sua família, qual morte seria
mais perturbadora para você? Por quê?
36) Compartilhe um problema pessoal e peça o conselho do seu
parceiro sobre a forma como ele ou ela lidariam com isso. Além disso, peça ao
seu parceiro para dizer para você como você parece estar se sentindo sobre o
problema que você escolheu.
Em 1997, o psicólogo social Arthur Aron, da Universidade
Estadual de Nova York, desenvolveu e publicou um estudo
em que afirmou ser possível fazer com que duas pessoas desconhecidas se apaixonassem
uma pela outra em poucas horas.
Ele mesmo teria atingido resultados positivos em laboratório. A
técnica era relativamente simples: Aron desenvolveu 36 perguntas que os dois
indivíduos deveriam responder um para o outro. No fim do questionário, os dois
deveriam se encarar em silêncio por quatro minutos contados no relógio. E
voilà: paixão enlatada, segundo ele.
As 36 perguntas são simples, mas obrigam os indivíduos a se
exporem emocionalmente e pessoalmente. Vão desde “Se você pudesse jantar com
qualquer pessoa do mundo, quem seria?” até “Qual o papel do amor e do afeto na
sua vida?”.
O estudo conduzido por Aron é baseado na ideia de que demonstrar
vulnerabilidades mútuas é capaz de cultivar proximidade e intimidade. O pesquisador
identificou um padrão na construção de relacionamentos amorosos estáveis:
transparência, entrega e sinceridade constantes, crescentes, recíprocas e
pessoais. A lista de perguntas desenvolvida por ele tem como objetivo conduzir
essa troca.
“Todos nós temos uma narrativa sobre nós mesmos que apresentamos
para os outros, mas as perguntas do Dr. Aron fazem com que seja impossível usar
essa narrativa.” Mandy Len Catron (Colunista do The New York Times)
A proposta de Aron ganhou manchetes em 2015, quando o jornal The New York Times publicou texto da colunista Mandy Len Catron em que ela disse ter-se apaixonado por alguém usando a lista de perguntas em um encontro.
Com ela, voltaram ao debate os questionamentos em torno da ideia
de amor romântico. Se vulnerabilidade mútua pode levar à paixão, onde fica a
ideia de uma alma-gêmea? Na desconstrução do conceito de amor ideal ao qual nos
agarramos culturalmente todos os dias, há a possibilidade de entender as
frustrações com a vida amorosa (ou a falta dela) e o número cada vez mais alto
de divórcios nas sociedades ocidentais. […]
“O amor não aconteceu simplesmente para nós. Estamos apaixonados
porque escolhemos isso.” (Mandy Len Catron, colunista do New York Times, sobre as 36 perguntas para se apaixonar.)
[...]
Ana Freitas, “Como o mito do amor romântico pode arruinar sua vida amorosa”, nexojornal.com.br, 12-06-2016
Ana Freitas, “Como o mito do amor romântico pode arruinar sua vida amorosa”, nexojornal.com.br, 12-06-2016
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36 Questions, o musical em forma de podcast
Como é que se faz um musical sem palco, sem luz, sem guarda-roupa, sem dezenas de actores? Que pode ser desfrutado gratuitamente, sem ser preciso estar em Nova Iorque ou Londres e lutar para talvez conseguir comprar um bilhete de centenas ou milhares de euros? A resposta é fácil, mostra-nos 36 Questions: faz-se em formato de podcast. E nada se perde na tradução para áudio, ao contrário do que acontece com as bandas-sonoras dos musicais, porque este foi idealizado de raiz para ser só ouvido. Assim se conta, através de notas de voz deixadas no telemóvel da mulher, a história de um casal a tentar reatar a relação. Os primeiros dois actos, ambos com pouco menos de uma hora de duração, foram disponibilizados em Julho. O último, a conclusão, sai a 7 de Agosto.
36 Questions é o nome pelo qual é conhecido um ensaio de
1997 sobre uma experiência em que várias séries de 36 perguntas
desenhadas para duas pessoas que não se conhecem criam diferentes tipos de
proximidade – o título verdadeiro, The
Experimental Generation of Interpersonal Closeness: A Procedure and Some
Preliminary Findings, daria um péssimo nome para um podcast. Assinado por, entre outros, o psicólogo
norte-americano Arthur Aron, o estudo é uma inspiração para o podcast.
Natalie e Jase
apaixonaram-se dois anos antes de a narrativa começar, em 2009, com a ajuda das
célebres 36 perguntas. Acabaram de se separar há duas semanas, quando Jase
descobriu que Natalie não se chamava Natalie, mas sim Judith, e tinha inventado
uma boa parte da sua existência. Judith procura Jase na casa onde este cresceu,
convencida de que, se responderem às 36 perguntas outra vez, desta vez com
completa honestidade, poderão reavivar a relação entre os dois. Mas será que a
relação pode sobreviver à mentira original? É essa a premissa da história,
contada com coração, piada e uma surpreendente profundidade.
A voz de Judith é
de Jessie Shelton, cantora, violinista e actriz nova-iorquina ainda em
ascensão, enquanto a de Jase é de Jonathan Groff, que foi protagonista da série Looking,
é o actor principal de Mindhunter,
a produção de David Fincher para o Netflix que se estreia em Outubro, fez a voz
de Kristoff em Frozen – O Reino do Gelo,
e tem uma carreira vibrante na Broadway, tendo feito recentemente o papel do
passivo-agressivo Jorge III do Reino Unido no êxito Hamilton.
Ao contrário do que é possível fazer em palco, os cantores podem multiplicar as
suas próprias vozes, não havendo mais ninguém a cantar com eles.
Chris Littler e
Ellen Winter escreveram, compuseram a música e dirigiram os actores do musical.
A dupla pertence a uma banda de Brooklyn, a Chamber Band, que estrutura cada
álbum como se fosse um musical. Entre as suas influências como músicos, nomeiam
pessoas que vão do compositor de musicais Stephen Sondheim à baixista e
cantora de jazz e soul Esperanza Spalding, passando por artistas
como Beck e bandas como Dirty Projectors. Este projecto, contudo, é
influenciado pelo indie-rock/pop
dos britânicos Alt-J e do duo norte-americano Sylvan Esso, além
de compositores mais convencionais, segundo o Vulture,
o siteda revista New York. Aqui, aliaram-se também ao sonoplasta Joel
Raabe, que ajuda a preencher o universo da história para além dos diálogos e
das 12 canções originais que os dois escreveram e estão disponíveis
gratuitamente na plataforma Bandcamp. [...]
Rodrigo Nogueira, Ípsilon, 2017-08-07
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