E
Às
Na
E
Não sei
Mas
Quem
Quando o Verão
A
Só tenho
Ou
E de
Assim,
Alberto Caeiro, «O Guardador de Rebanhos»,
in Poesia, Lisboa, Assírio & Alvim, 2001
Apresente, de
1. Releia os
2. Descreva o
3. Explicite a
4. «
Refira
5. Comente o
Explicitação
de cenários de resposta
1.
A
2.
O «
3.
4.
A personificação
—
—
—
— …
Nota — Recorda-se
5.
O
Proposta de resolução da Associação de Professores de
Português:
1.
2. O
3. As
4. A personificação
5. O
APP, 14-06-2004
II -
Elabore um comentário do poema de Alberto Caeiro em que desenvolva os seguintes
tópicos:
-
composição estrófica e estruturação lógica;
-
relação entre o «eu» e a «Natureza»;
-
oposição entre «perceber» e «sentir»;
-
integração na poesia de Alberto Caeiro.
Explicitação
de cenários de resposta:
Composição
estrófica e estruturação lógica
-
Apesar de composto em verso livre, o poema obedece a um princípio nítido de construção.
-
A primeira e a terceira estrofes têm o mesmo número de versos, e correspondem a
dois momentos simétricos da elaboração lógica do poema, com uma estrofe medial
que estabelece a transição entre elas, e que, por sua vez, é construída com
duas perguntas retóricas associadas.
-
A primeira estrofe expõe uma perturbação na relação «eu» - «Natureza», a que a
estrofe medial responde, vindo a terceira estrofe repor uma situação de
equilíbrio nessa relação.
Relação
entre o «eu» e a «Natureza»
-
A «Natureza» tem uma relação com o «eu» muito física e direta, que pode provocar,
pela sua intensidade inesperada, confusão ou perturbação.
-
O «eu» descobre a sua capacidade para sentir simplesmente, quer as sensações
que a Natureza proporciona, quer as reações subjetivas que às sensações vêm
associadas.
-
A «Natureza» é a fonte das sensações, e o «eu» tem de as sentir tal como lhe
são dadas, sem perguntar porquê.
-
…
Oposição
entre «perceber» e «sentir»
-
O «eu» considera que a perturbação que às vezes sente perante a «Natureza»
advém de «querer perceber», isto é, de tentar exercer a sua capacidade de racionalização
ou intelectualização.
-
«Perceber» torna impossível o «sentir».
-
A sensação é sempre clara e simples, mas o pensamento é fonte de confusão.
-
…
Integração
na poesia de Alberto Caeiro
-
Tal como este poema, a poesia de Caeiro é toda em verso livre.
-
Escolhe a sintaxe mais simples e o vocabulário mais comum.
-
Representa sempre a mesma situação: um homem sozinho num cenário da Natureza.
-
Propõe a desvalorização do pensar e a valorização do sentir, o que se traduz numa
atitude antimetafísica geral.
-
Recusa o misticismo espiritualista e afirma-se na sensação da realidade
imediata.
-
…
Fonte: Exame Nacional do Ensino Secundário n.º 134. 12.º Ano
de Escolaridade - Via de Ensino (4.º curso). Prova Escrita de Literatura
Portuguesa. Portugal, GAVE, 1998, 1.ª fase, 1.ª chamada
Sugestão
de resposta:
O poema de Alberto Caeiro, intitulado
"Como quem num dia de Verão abre a porta de casa", apresenta uma
estruturação lógica clara, apesar de ser composto em verso livre. A primeira e
a terceira estrofes têm o mesmo número de versos, e correspondem a dois momentos
simétricos da elaboração lógica do poema, com uma estrofe medial que estabelece
a transição entre elas, e que, por sua vez, é construída com duas perguntas
retóricas associadas. A primeira estrofe expõe uma perturbação na relação
"eu" - "Natureza", a que a estrofe medial responde, vindo a
terceira estrofe repor uma situação de equilíbrio nessa relação.
A relação entre o "eu" e a
"Natureza" é muito física e direta, e pode provocar confusão ou
perturbação no "eu" pela sua intensidade inesperada. O "eu"
descobre a sua capacidade para sentir simplesmente, quer as sensações que a
Natureza proporciona, quer as reações subjetivas que às sensações vêm
associadas. A Natureza é a fonte das sensações, e o "eu" tem de as
sentir tal como lhe são dadas, sem perguntar porquê.
O poema apresenta ainda uma oposição entre
"perceber" e "sentir". O "eu" considera que a
perturbação que às vezes sente perante a Natureza advém de "querer
perceber", isto é, de tentar exercer a sua capacidade de racionalização ou
intelectualização. "Perceber" torna impossível o "sentir".
A sensação é sempre clara e simples, mas o pensamento é fonte de confusão.
Este poema integra-se perfeitamente na
poesia de Alberto Caeiro, que é toda em verso livre e escolhe a sintaxe mais
simples e o vocabulário mais comum. Representa sempre a mesma situação: um
homem sozinho num cenário da Natureza. Propõe a desvalorização do pensar e a
valorização do sentir, o que se traduz numa atitude antimetafísica geral.
Recusa o misticismo espiritualista e afirma-se na sensação da realidade
imediata. Em suma, este poema é uma manifestação da poética de Caeiro, centrada
na experiência sensível e na negação da transcendência.
Análise
textual solicitada a ChatGPT (Feb 13 Version), disponível em
https://chat.openai.com/chat, 2023-02-17
Outra sugestão de resposta:
O poema de Alberto Caeiro, intitulado
"Como quem num dia de Verão abre a porta de casa", retrata a relação
direta e imediata entre o "eu" e a "Natureza". Através da
imagem de um dia de Verão em que se abre a porta de casa e se sente o calor dos
campos na cara, o poeta descreve a experiência sensorial que muitas vezes pode
ser perturbadora e confusa, mas que, ainda assim, é uma sensação genuína.
O poema é composto em verso livre, mas tem
uma estruturação lógica clara, com duas estrofes simétricas que correspondem a
dois momentos distintos da relação entre o "eu" e a
"Natureza", separadas por uma estrofe medial que estabelece a
transição entre elas.
A relação entre o "eu" e a
"Natureza" é retratada como uma relação física e direta, em que a
"Natureza" é a fonte das sensações e o "eu" tem de sentir
simplesmente, sem questionar ou tentar intelectualizar a experiência. O poema
critica a tendência do "eu" em querer perceber as sensações, o que
torna impossível o sentir, e propõe uma valorização do sentir em detrimento do
pensar.
No contexto da poesia de Alberto Caeiro,
este poema integra-se perfeitamente na sua proposta de uma poesia que valoriza
a sensação e a experiência imediata da realidade, sem se deixar levar pela
especulação metafísica ou pela tendência para a racionalização excessiva. O
poema é um exemplo claro da simplicidade da linguagem e da visão do mundo que
caracterizam a poesia de Caeiro.
Análise
textual solicitada a ChatGPT (Feb 13 Version), disponível em
https://chat.openai.com/chat, 2023-02-17
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por José Carreiro.
- In: Lusofonia, https://sites.google.com/site/ciberlusofonia/PT/literatura-portuguesa/fernando_pessoa, 2021 (3.ª edição)
- e Folha de Poesia, 17-05-2018. Disponível em: https://folhadepoesia.blogspot.com/2018/05/fernando-pessoa-13061888-30111935.html
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