domingo, 27 de novembro de 2022

Manhãs brumosas, Cesário Verde

Vladimir Volegov, Beginning of purple summer, 2014


Manhãs brumosas

(versos de um inglês)

 





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Aquela, cujo amor me causa tanta pena[1],
Põe o chapéu ao lado, abre o cabelo à banda,
E com a forte voz cantada com que ordena,
Lembra-me, de manhã, quando nas praias anda,
Por entre o campo e o mar, bucólica[2], morena,
Uma pastora audaz da religiosa Irlanda.

Que línguas fala? A ouvir-lhe as inflexões[3] inglesas,
– Na névoa azul, a caça, as pescas, os rebanhos! –
Sigo-lhe os altos pés por estas asperezas[4];
E o meu desejo nada em época de banhos,
E, ave de arribação[5], ele enche de surpresas
Seus olhos de perdiz, redondos e castanhos.

As irlandesas têm soberbos desmazelos!
Ela descobre assim, com lentidões ufanas[6],
Alta, escorrida, abstrata, os grossos tornozelos;
E como aquelas são marítimas, serranas[7],
Sugere-me o naufrágio, as músicas, os gelos
E as redes, a manteiga, os queijos, as choupanas.

Parece um "rural boy"[8]! Sem brincos nas orelhas,
Traz um vestido claro a comprimir-lhe os flancos,
Botões a tiracolo e aplicações vermelhas;
E à roda, num país de prados e barrancos[9],
Se as minhas mágoas vão, mansíssimas ovelhas,
Correm os seus desdéns, como vitelos brancos.

E aquela, cujo amor me causa tanta pena,
Põe o chapéu ao lado, abre o cabelo à banda,
E com a forte voz cantada com que ordena,
Lembra-me, de manhã, quando nas praias anda,
Por entre o campo e o mar, católica, morena,
Uma pastora audaz da religiosa Irlanda.

Cesário Verde

Foz do Tejo, 1877

Porto, Renascença, 1879, p. 155

_________

[1] Na edição de O Livro de Cesário Verde (1887), elaborada por Silva Pinto, o verso é: E aquela, cujo amor me causa alguma pena.

[2] Campestre; simples.

[3] Mudanças no tom de voz.

[4] Rudezas.

[5] ave que vem por pouco tempo a uma região; indivíduo que demora pouco tempo no lugar onde foi colocado.

[6] Altivas.

[7] da serra ou a ela relativo; montesino.

[8] Rapaz do campo.

[9] Ravinas; precipícios.



 


Faça uma leitura atenta do poema “Manhãs brumosas”, de Cesário Verde, e responda, com precisão e clareza, aos questionários que se seguem.

 

QUESTIONÁRIO I

1. O poeta procura fixar a “impressão” que a realidade lhe deixa na sensibilidade.

1.1. Refira o elemento real que lhe provoca essa “impressão”.

1.2. Interprete a transfiguração do real operada pelo sujeito poético.

1.3. Registe as formas verbais que marcam essa transfiguração.

2. Atente nos dois últimos versos da 4.ª estrofe. Neles são utilizadas duas figuras de estilo caracterizadoras de determinados sentimentos.

2.1. Identifique essas figuras de estilo.

2.2. Comente a sua utilização tendo em conta os sentimentos expressos e o espaço evocado.

3. "Pinto quadros, por letras. por sinais" é uma afirmação de Cesário, facilmente identificada nos seus poemas.

Não ultrapassando as oito linhas, explicite os elementos que tornam evidente essa opção na obra poética de Cesário.

 

Sugestões para a correção:

1.1. O elemento real que lhe provoca a impressão é "Aquela" que "Põe o chapéu ao lado, abre o cabelo à banda", "Ela".

1.2. O sujeito poético deixa de "ver" o que observava para se evadir no espaço e no tempo. Esse real transfigura-se e surge então: "Uma pastora audaz da religiosa Irlanda".

1.3. As formas verbais que marcam o momento da transfiguração são: "Lembra-me"; "Sugere-me"; "Parece".

2.1. 5.° verso - metáfora

6.° verso - comparação.

2.2. As duas figuras de estilo remetem para a interpretação do elemento humano (sentimento amoroso - "mágoas" e "desdéns") com a natureza.

3. - O real exterior apreendido pelo mundo interior que o interpreta e recria (através de letras e sinais - a escrita);

     - A pintura de imagens típicas de modo a dar uma dimensão realista do mundo concreto que o rodeia;

     - A subversão da realidade através da arte poética:

• A cidade torna-se campo;

• Os frutos tomam-se seres.

     O referente estático pré-existente dá lugar à vida através da escrita o que marca a subjetividade lírica na escrita de Cesário.

NOTA: Os alunos poderão lambem referir-se a alguns dos poemas analisados para exemplificar que pretendem demonstrar, sem que esse facto altere, no entanto, a cotação a atribuir, visto tal não ser exigido na questão apresentada.

 

Fonte: Exame Nacional do Ensino Secundário n.º 139. 12.º Ano de Escolaridade (Decreto-Lei n.º 286/89, de 29 de agosto). Cursos Gerais e Cursos Tecnológicos. Prova Escrita de Português B. Portugal, GAVE, Prova modelo de 1996

 

Vladimir Volegov, 2019-06

QUESTIONÁRIO II

1. Caracterize o espaço representado no texto.

2. Trace o retrato, físico e psicológico, da figura feminina.

3. Explicite a importância das referências temporais presentes no poema.

4. Refira o sentido produzido pela quase repetição da primeira sextilha na última estrofe.

5. Analise os sentimentos que «ela» desperta no sujeito poético.

 

Explicitação de cenários de resposta:

1. O espaço representado é:

- simultaneamente marítimo e rural;

- constituído por praias, uma zona de falésia («estas asperezas»), uma paisagem acidentada predominantemente campestre («país de prados e barrancos»);

- evocativo das paisagens da Irlanda.

 

2. A figura feminina surge retratada, no plano físico, do seguinte modo:

- é «morena», com olhos pequenos e vivos («olhos de perdiz»), «redondos e castanhos», alta e magra («altos pés», «Alta, escorrida»), mas robusta («grossos tornozelos»); tem um tom de voz firme («forte»), simultaneamente melódico («cantada») e impositivo («com que ordena»), marcado por «inflexões inglesas» e fazendo lembrar uma irlandesa (cf. v. 6);

- tem um aspeto prático, quase masculino e rural, usando «o chapéu ao lado», «o cabelo à banda», «Sem brincos nas orelhas» - «Parece um 'rural boy'!». A sua feminilidade transparece, apenas, nas referências ao seu «vestido claro» e justo;

- …

 

Emergem ainda, do texto, certas características psicológicas. Assim, trata-se de uma mulher:

- determinada e audaciosa;

- simples, prática e descontraída;

- distante e desdenhosa perante o sentimento amoroso do sujeito poético;

- …

 

3. As formas verbais no presente do indicativo definem o presente como o tempo representado no poema. O título «Manhãs Brumosas», os elementos do texto «de manhã» (w. 4 e 28), «névoa azul» (v. 8) e «época de banhos» (v. 10), situam esse presente em repetidas manhãs enevoadas de Verão. A referência à época estival e a imagem «Manhãs Brumosas» concorrem para acentuar, no poema, o erotismo do desejo do «eu» e sua irrealização.

 

4. A primeira e a última estrofes do poema são praticamente idênticas, registando-se, apenas, pequenas modificações do sentido inicial, resultantes da inclusão da conjunção coordenativa «E» e da substituição da palavra «bucólica» (lª estrofe) por «católica» (5ª estrofe). Confere-se, assim, ao poema uma estrutura circular que, pela quase repetição do princípio no final, reitera e enfatiza certos aspetos temáticos. Nomeadamente:

- o sentimento de frustração amorosa;

- a atração pelo tipo feminino da mulher irlandesa e o fascínio pelo país que evoca - a Irlanda;

- …

 

5. Os sentimentos que «ela» desperta no «eu» - um «inglês» -, definidos globalmente no primeiro verso como um amor que é causa de intensa mágoa, evoluem do seguinte modo ao longo do poema:

- atração e fascínio;

- desejo intenso;

- encantamento pelo imaginário da cultura irlandesa por «ela» convocado;

- mágoa resignada face ao desdém que «ela» manifesta - mágoa que o reiterar da expressão «tanta pena», na última estrofe, sublinha e intensifica.

 

(Fonte: Português B: questões de exame do 12.º ano: 1998-2003. Volume 1. Lisboa, GAVE, 2004)

 

Vladimir Volegov, Detail of “Light breeze at dunes”, 2016

 

TEXTO DE APOIO

Os Pontos e as Brumas de um Cesário-Seurat

Este artigo tem por objetivo estabelecer relações entre a poesia e a pintura impressionistas a partir de Manhãs Brumosas de Joaquim José Cesário Verde (1855-1886) (3), mostrando uma construção verbal que traz semelhanças com procedimentos pictóricos.

O poema acima transcrito é composto de cinco sextetos e foi escrito na Foz do Tejo, em 1877, e publicado no Porto, em Renascença, em 1879 (Serrão 1992: 138). Trata-se de um retrato impressionista de mulher, cuja descrição que se constrói através de imagens pictóricas: é "identificada com o campo e com o mar - espaços simbólicos da mesma liberdade" e "recorda ao poeta 'uma pastora audaz da religiosa Irlanda' (Macedo 1986:127)".

Juntamente com o subtítulo - (versos dum inglês) - , o poema se parece com uma pintura: o gesto da mulher (Põe o chapéu ao lado, abre o cabelo à banda) provoca no eu poético uma impressão: lembra-me uma pastora audaz da religiosa Irlanda. Esse mesmo subtítulo também "lança uma luz inesperada sobre essa associação: para um inglês, a Irlanda rural tinha um valor semântico equivalente ao do campo para o lisboeta do 'Setentrional' (idem: ibidem)".

A voz da mulher provoca sensações meio disparatadas e sinestésicas: na névoa azul, a caça, as pescas, os rebanhos! - como que procurando um caminho semelhante aos altos pés que representam asperezas na busca da expressão e na confusão de impressões que a presença feminina traz.

Cinco sextetos com versos altamente musicais, de certa forma equilibrados por um ritmo e uma métrica impecáveis. Um título bem elaborado. Um poema-pintura, mas também um poema-música. Além da análise de Helder Macedo (1986: 126-128), somente uma referência sobre essa poesia (Figueiredo 1986: 141). Quase um poema que passa esquecido, pois está inserto entre Em Petiz e O Sentimento dum Ocidental no livro organizado por Joel Serrão.

É uma poesia-pintura realista impressionista. As cores percorrem o poema como se ele fosse uma pintura, enquanto a descritividade nos traz elementos da realidade, o retrato da mulher que lembra uma pastora audaz da religiosa Irlanda.

Poderia ser uma canção, de tom romântico, se não fosse a descrição entrecortada, o fragmento que altera a visão ideal da paisagem e da mulher.

A musicalidade do poema, em versos de doze sílabas, nos remete a um ouvir o que lemos ou falamos (e às vezes nos deixa sem entender o sentido dos versos):

Aquela, cujo amor me causa tanta pena,

Não é só a expressão brumosas que dá o tom impressionista a este poema, nem tão-somente o fato de ser um retrato de mulher, tema também da pintura. Há toda uma construção verbal por meio de fragmentos metonímicos que se metaforizam. Ao ler o poema, vem-nos à mente uma tela de Georges Seurat ou de Paul Signac, em que tudo se constrói com pontos-cores ou pontos-palavras. Independentemente da temática, as telas A ponte em Courbevoie, de Seurat, o Rio Sena em Asnières, de Paul Signac, trazem os procedimentos composicionais de Manhãs Brumosas.

As frases entrecortadas produzem uma construção por pontos-palavras: aquela (v1e1) põe o chapéu ao lado, abre o cabelo à banda (v2e1) e com a forte voz cantada que ordena (v3e1); ou então: por entre o campo e o mar, bucólica, morena, (v5e1) e lembra uma pastora audaz da religiosa Irlanda (v6e1).

A presença de brumas na manhã acompanha o poema e a mulher que é descrita pelo olhar, pelas sensações que ela provoca e pelas nuances do seu retrato físico e psicológico. É aquela mulher cujo amor causa pena, mas que tem voz cantada forte que ordena e lembra uma pastora audaz da religiosa Irlanda. Uma espécie de mulher, deusa, mãe, protetora - essas são as impressões que as palavras-pinceladas apresentam.

Há toda uma linguagem poética que se constrói através do processo pictórico, por meios de pinceladas rápidas, ou de manchas, ou de pontos coloridos: a mulher põe o chapéu ao lado, abre o cabelo à banda, traz um vestido claro, botões a tiracolo e aplicações vermelhas.

Na estrofe 1, manhã define a claridade do chapéu ao lado e do cabelo à banda e até determina o som (claro, feliz) da forte voz cantada com que ordena e faz o eu-poético lembrar (imaginar, associar, mostrar impressões) a pastora da Irlanda.

A descritividade é construída por umas poucas palavras reais, se usarmos a denominação de Manuel Rodrigues Lapa: aquela - amor - chapéu - cabelo - voz - pastora - Irlanda. Inúmeros versos do poeta são formados apenas de substantivos, o que demonstra uma preocupação com a síntese, como é o caso do segundo verso da estrofe três: E as redes, a manteiga, os queijos, as choupanas.

Na estrofe 2, versos 1 a 3, a construção pontilhista se faz evidente e deixa entrever uma construção poético-pictórica:

Que línguas fala? Ao ouvir as inflexões inglesas,

- Na névoa azul, a caça, as pescas, os rebanhos! –

Sigo-lhe os altos pés por estas asperezas.

O verso dois intercala imagens e cores: azul (névoa), marrom (caça e rebanho).

Se a irlandesa agrada o eu-poético, há uma atitude que vê, independentemente da idealização. Isso é uma constante na poesia de Cesário sobre ou para as mulheres: elas têm qualidades e defeitos.

Interessante notar a construção de um diálogo metafórico a partir de Que línguas fala?, que se faz por um processo impressionista: há inflexões inglesas cujo sentido se constrói por imagens apresentadas por substantivos - névoa azul, caça, pescas, rebanhos, altos pés, aves de arribação, olhos de perdiz - que condicionam a um olhar feito por analogias com a vida rural.

A terceira estrofe se constrói de forma semelhante: a mulher que ele vê se assemelha a uma irlandesa e tem também desmazelos, como o fato de descobrir os grossos tornozelos. Ver os tornozelos dessa mulher alta, escorrida, abstrata, sugere-lhe outras sensações que se condensam em substantivos: naufrágio, músicas, gelos, redes, manteiga, queijos, choupanas. Toda a construção verbal se efetiva através de imagens do cotidiano rural, como se o poeta pintasse muitas cenas que vão passando pela sua mente e formam movimento, através de uma sequência de imagens-palavras, como fotogramas de um filme.

Na quarta estrofe, há uma tentativa de síntese: a irlandesa se assemelha a um rural boy, "maria-rapaz, tão confortavelmente ao gosto do inglês" (idem: ibidem). A descrição também "pinta" a mulher: sem brincos, vestido claro, botões a tiracolo, aplicações vermelhas. Da visão particular da mulher, há um plano geral ou segundo plano que descreve: país de prados e barrancos. A essa imagem o eu-poético justapõe e contrapõe mágoas = mansíssimas ovelhas X desdéns = vitelos brancos, para indicar cores e seres do mundo rural.

A quinta estrofe é quase a repetição da primeira, exceto quanto a substituição de bucólica por católica (quinto verso). Funciona como refrão, o que nos faz supor uma cantiga, até pela grande musicalidade do poema.

A cinco estrofes formam um retrato de mulher com base numa descrição composta por frases nominais e parataxes, na maioria dos versos. Traz alguma semelhança com alguns perfis femininos de Camões (Um mover de olhos, brando e piedoso) e de Filinto Elísio (Uns lindos olhos, vivos, bem rasgados), guardadas as devidas proporções. Enquanto que há uma descrição física e psicológica, e também idealizada, em Camões, enquanto Filinto Elísio se mantém numa descrição física que enaltece a beleza também idealizada da sua Márcia, Cesário Verde é capaz de descrever o que vê e separar isso do que sente, o que deixa claro com verbos como lembra-me, sugere-me, ou em versos que indicam uma metáfora, uma situação onírica, como: O meu desejo nada em época de banhos, Se as minhas mágoas vão, mansíssimas ovelhas, Correm os seus desdém, como vitelos brancos.

Ler Manhãs Brumosas é semelhante a ver um retrato de mulher cujo pano de fundo é uma paisagem rural. Mulher construída por pontos-palavras ou manchas-palavras numa espécie de brumas em que, verso a verso, Cesário nos revela o que ele vê e o que ele sente. Parece-nos tão cheio de observações e, ao mesmo tempo, tão imbuído do espírito da síntese, que o sentido se constrói pelas palavras "como representação do mundo e do pensamento, como instrumento de comunicação, como forma de ação e interação. É um descobrir uma espécie de pressa em dizer tudo com poucas palavras, o que leva o poeta a uma construção por imagens-palavras.

Não foi à toa que Fernando Pessoa o considerou um dos três mestres da Modernidade, ao lado de Antero de Quental e Camilo Pessanha, com os quais Cesário Verde mostra algumas semelhanças. Nessa construção sintética, e nesse apoio nas artes plásticas, é que parece residir o aspeto inovador e prenunciador da poesia modernista portuguesa, razão por que até hoje Cesário Verde é lembrado, citado, seguido, e lido.

 

BIBLIOGRAFIA

FIGUEIREDO, João Pinto de.

1981 - Cesário Verde: a obra e o homem. Lisboa, Arcádia.

1986 - A vida de Cesário Verde. 2.ed., Lisboa, Editorial Presença.

LAPA, Manuel Rodrigues (1998). Estilística da língua portuguesa. SP, Martins Fontes.

MACEDO, Helder.

1986a - Nós: uma leitura de Cesário Verde. 3ª ed. Lisboa, Dom Quixote.

1986b - "Cesário Verde: o bucolista do realismo", em David Mourão-Ferreira (dir.), Colóquio/Letras, revista, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, nº 93, p. 20-28.

PESSOA, Fernando.

1974 - Fernando Pessoa: obras em prosa. 1.ed. RJ, Aguillar, p.116,129,384,385,419-420.

1980 - Ficções de interlúdio/1: poemas completos de Alberto Caeiro. 6.ed. RJ, Nova Fronteira, p.28,36,140.

1983 - Ficções de interlúdio/4: poesias de Álvaro de Campos. 3.ed. RJ, Nova Fronteira, p.33-37.

1986 - O livro do desassossego por Bernardo Soares. SP, Brasiliense, p.81-82,121.

SARAIVA, António José (1994). Iniciação na Literatura Portuguesa. 1.ed., Lisboa, Gradiva, p.133-138.

SARAIVA, António José & LOPES, Óscar (1989). História da literatura portuguesa. 15.ed., Porto, Porto Ed., p. 654, 728, 831, 963, 966, 985, 989-992, 997-999, 1030-1031, 1072, 1126, 1147.

SERRÃO, Joel (org.) (1992). Obra completa de Cesário Verde. 6.ed. Lisboa, Livros Horizonte.

 

Jorge Luiz Antonio, “Os Pontos e as Brumas de um Cesário-Seurat”, in Ciberkiosk. Lisboa, 2001. Disponível em http://www.ciberkiosk.pt/ensaios/jluizantonio.html (consultado em 2002-12-14)

  

 

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CARREIRO, José. “Manhãs brumosas, Cesário Verde”. Portugal, Folha de Poesia, 27-11-2022. Disponível em: https://folhadepoesia.blogspot.com/2022/11/manhas-brumosas-cesario-verde.html



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