quarta-feira, 12 de outubro de 2022

No poema: Transferir o quadro o muro a brisa, Sophia Andresen

 

NO POEMA

 

Transferir o quadro o muro a brisa

A flor o copo o brilho da madeira

E a fria e virgem limpidez da água

Para o mundo do poema limpo e rigoroso

 

Preservar de decadência morte e ruína

O instante real de aparição e de surpresa

Guardar num mundo claro

O gesto claro da mão tocando a mesa

 

Sophia de Mello Breyner Andresen

LIVRO SEXTO, 1.ª ed., 1962, Lisboa, Livraria Morais Editora; 2.ª ed., 1964, Lisboa, Livraria Morais Editora; 3.ª ed., 1966, Lisboa, Livraria Morais Editora; 4.ª ed., 1972, Lisboa, Livraria Morais Editora; 5.ª ed., 1976, Lisboa, Moraes Editores; 6.ª ed., 1985, Lisboa, Edições Salamandra; 7.ª ed., revista, 2003, Lisboa, Editorial Caminho; 8.ª ed., revista, 2006, Lisboa, Editorial Caminho. 1.ª edição na Assírio & Alvim (9.ª ed.), Lisboa, 2014, prefácio de Gustavo Rubim.

 

 

 

I - Não está em causa «descrever» um mundo que há de ser o mundo do «poema limpo e rigoroso», mas o ato de o nomear.

 

1. De que forma o emprego dos «nomes» e dos «artigos» se ajusta ao que acima se afirma?

 

2. Que relação há entre o mundo nomeado e o poema?

 

(Ser em Português 10 – Língua Portuguesa 10. º ano. Coord. Artur Veríssimo. Porto: Areal Editores, 2003, p. 309)

 

Cenários de resposta:

1. É a sobrecarga de nomes concretos (ligados à ideia de visualidade e de clareza – quadro, muro, brisa, flor, copo...) que, sobretudo, se associa ao ato de nomear. Este aproxima e implica o Eu no mundo nomeado (= criado), aspeto que o emprego do artigo definido reforça.

(Note que nomes abstratos como «limpidez», «instante» «gesto», o não são assim tanto, porque pertencem ao mesmo mundo concreto dos nomes presentes nos dois primeiros versos e são precedidos de artigos definidos que os tornam mais palpáveis.)

 

2. O poema fixa o mundo nomeado num tempo fora do tempo, isto é, não sujeito à sua ação corrosiva, como o verso 5 explicita “Preservar de decadência morte e ruína”.

 

 

II - A poeta não se funde com o quadro, o muro ou a brisa, nem o poema. Ele é a preservação de tudo que existe, é a preservação do instante real, de um gesto claro da mão tocando a mesa. (Vivian Steinberg, “No Poema”: um paradigma da tessitura poética de Sophia de Mello Breyner Andresen, USP-FFLCH, 2006)

 

A partir da leitura da composição de Sophia Andresen “No poema” e de outras leituras sobre a poética da autora, elabore um texto expositivo em que comentes a afirmação acima transcrita.

 

 

Textos de apoio

 

A poesia portuguesa do século XX

[…] deste poema se pode dizer que é uma arte poética, expressa […] por uma série de conselhos ou auto-conselhos para criar poesia. Aliás, é bem de Sofia esta maneira de supor um texto anterior ao poema, no qual se formulam questões como em "Porque", ou se inserem verbos dicendi, como aqui. Três verbos no infinitivo (que também pode ser lido como imperativo), três verbos, dizia eu, que se reduzem a dois, pois preservar e guardar são sinónimos quase perfeitos, reforçando-se quase tautologicamente. Assim, nas duas estrofes temos os dois preceitos fundamentais do ato criador: transferir o referente para o discurso poético o preservar o momento da revelação poética, o gesto da escritura. Do mundo real Sophia seleciona elementos que sintetizam o concreto e o abstrato, o sólido e o líquido, o natural e o artificial, mas sua seleção só se faz numa área semântica em que predominam os semas positivos de arte (quadro), de proteção (muro), de frescura (brisa, água), de beleza (flor), de pureza (virgem), de transparência (copo, água). É esse mundo exterior restrito e seleto que se deve transferir para o mundo do poema, triplamente qualificado por epítetos da preferência do poeta: limpo, rigoroso e claro. Claro é também o gesto "da mão tocando a mesa". Para Sophia, como para Reis, Torga e Casais Monteiro, o poema é o lugar da preservação, da permanência: neles, sobretudo, a necessidade de permanecer como homem e como poeta nos seus versos; nela, o desejo de fixar no poema " o instante real de aparição e de surpresa" que, lido separadamente, poderia ser tomado como um instante-limite da aparição, mas que, em conjunto com o último verso, mais parece significar o instante da criação poética, a partir do "gesto claro da mão tocando a mesa".

 

Berardinelli, Cleonice. (2010). “A Poesia Portuguesa no Século XX”, Revista Letras. 26. 10.5380/rel.v26i0.19471.

 

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No espaço do poema: a presença do real

Publicado originalmente em 1962, no Livro sexto, esse texto apresenta-se como uma espécie de arte poética da obra andreseniana. A linguagem apresenta-se de forma clara e objetiva, trazendo o poema como um espaço de construção, ou melhor, de reconstrução. O “mundo real” aparece a partir da enumeração de diferentes elementos desde o âmbito natural ao sensível, como o toque da mão na mesa.

No primeiro verso, observamos a ideia de “transferir”, que sugere o movimento de algo para um novo lugar. Para a voz poética, os elementos da realidade – como o quadro, o muro e a brisa – devem ser transferidos para “o mundo do poema”. Essa noção relaciona-se com as palavras de Sophia Andresen em sua “Arte Poética III”, quando ela afirma que a poesia sempre foi “uma perseguição do real”, e o poema, o círculo que apreende o pássaro do real, como vimos anteriormente. Ora, nesse círculo transfere-se o mundo concreto. Transcrevem-se seus elementos, reconstrói-se a realidade. O poema surge, então, como um espaço de reconstrução. […]

Os termos que constroem os primeiros versos de “No Poema” criam imagens visuais e também sensoriais. A brisa, por exemplo, evoca o tato, reproduzindo a sensação do vento fresco e húmido tocando a face. A fluidez da água também brinca com ambos os campos, pois é um forte apelo visual que suscita o contato com o líquido frio. A enumeração é feita, porém, sem sinais de pontuação, e essa marca é comum na poesia andreseniana. Tal ausência sugere a ideia de colagem, pois as palavras aparecem como fragmentos de imagens colocados em sequência, lado a lado, para a composição de uma imagem mais ampla e complexa: o mundo real. São como fotografias isoladas colocadas em conjunto para formar um painel.

Tal painel é, para o sujeito lírico, um espaço “limpo e rigoroso”; o poema é um “mundo claro” onde se pode guardar “O gesto claro da mão tocando a mesa”. Tais adjetivos são fundamentais à obra andreseniana. A limpidez nos permite ver, com clareza, o mundo real. É a luminosidade que permite à voz poética apreender os elementos que a cercam e inseri-los em seu poema. Para se ligar ao que existe no mundo, o sujeito vê antes cada coisa. Mas esse ‘ver’ não é simplesmente a faculdade de captar algo pelos órgãos da visão. Ver é perceber e assimilar as coisas do mundo por meio de todo e qualquer canal de receção: o ouvir, o tatear e, claro, o olhar. A luminosidade se associa também à ideia de “pureza”, ou seja, a relação pura (limpa) entre o poeta e sua realidade, entre o homem e o mundo. Além disso, a limpidez pode ser lida como clareza, nitidez, transparência, noções que permitem a visão. Ser visto é existir, é ser real. É se aperceber da presença das coisas e, dessa maneira, comungar o mundo, partilhar dele.

O rigor pode ser associado à noção de equilíbrio, isto é, o poema é um espaço construído com uma medida justa, harmônica. A busca pelo real é permeada pela relação justa que o homem deve estabelecer com seu mundo. Da ‘ordem justa’ e do ‘equilíbrio’, podemos pensar na ideia de ‘justeza’, a qual “é uma propriedade que o poema para si [de Sophia Andresen] procura para poder dizer o equilíbrio, a proporção certa e essa contenção da desmesura das coisas do mundo” (GUSMÃO, 2010, p. 276). A poesia constrói-se a partir de uma medida justa, e o poeta, ao integrar seu canto no mundo, deve fazê-lo com rigor.

Assim como uma fotografia, o poema é, na visão andreseniana, um espaço de nitidez, de equilíbrio e de claridade. Para que a imagem seja capturada e reproduzida, ocorre uma rigorosa e equilibrada reação entre a luz e o filme, coordenados pelo elemento ótico da lente. Nesse sentido, observamos, na primeira estrofe, a composição de uma imagem por meio do poema. Da mesma maneira que a lente de uma câmara fotográfica capta a luz e promove, pela reação química com o filme, a reprodução de um objeto, o poema surge – por seu rigor e sua limpidez – a partir da reprodução dos elementos do mundo real. Transcritos para o mundo do poema, os elementos tornam-se reais, pois são vistos, são verdadeiros.

Essa transcrição ou transferência – que une a ideia da reprodução e da presentificação – é para Sophia Andresen o modo como o poeta liga-se ao mundo. Ele escuta o poema, assimila-o, molda-o – buscando sempre o real, logo tornando-o real e presente, como a própria autora explica: “O poema não explica, implica. O poema não explica o rio ou a praia: diz-me que a minha vida está implicada no rio ou na praia. [...] É a poesia que me implica, que me faz ser no estar e me faz estar no ser. É a poesia que torna inteiro o meu estar na terra” (ANDRESEN, 1977, p. 77). Nesse âmbito, o poema é criado como “o selo da aliança do homem com as coisas” (Idem, 1960, p. 54).

Para a autora, “todo o poeta, todo o artista é artesão duma linguagem” (Idem, 2011, p. 839), o qual seria, contudo, distinto do artesanato “usual”, pois não nasce “da relação com uma matéria [...]. O artesanato das artes poéticas nasce da própria poesia à qual está consubstancialmente unido”, como indica em sua “Arte Poética II” (originalmente, o texto foi publicado na revista Távola Redonda, nº 21, jan. 1963. Depois, foi publicado na 1.ª edição de Geografia, 1967):

Se um poeta diz “obscuro”, “amplo”, “barco”, “pedra” é porque essas palavras nomeiam sua visão de mundo, a sua ligação com as coisas. Não foram palavras escolhidas esteticamente pela sua beleza, foram escolhidas pela sua realidade, pela sua necessidade, pelo seu poder poético de estabelecer uma aliança. É da obstinação sem tréguas que a poesia exige que nasce o “obstinado rigor” do poema.

Ora, se a poesia é a ligação do homem com o real segundo essa visão, o poema surge como um espaço de salvação, um mundo que preserva “o instante real de aparição e surpresa”, conforme “No Poema”. Para a voz poética, a palavra tem este poder: tornar presente o real, mantendo a fugaz chama da sua existência. O poema capta e preserva o mundo na medida em que a palavra enuncia os seus elementos presentificando-os. Ele é, então, um lugar de excelência: é a ligação entre o homem e sua realidade.

Esse local é, para a voz poética, resguardado da decadência, da morte e da ruína. A imagem das ruínas surge para simbolizar um mundo que não é do equilíbrio nem da claridade. A morte aparece em uma espécie de antítese com o substantivo aparição, criando uma oposição entre o começo – o surgimento – e o fim. O aparecimento, o começo e o dia inicial são noções recorrentes para Sophia Andresen. O instante em que algo surge é o momento em que ele se faz presente, ele se torna real e verdadeiro. É, desse modo, a existência do real. […]

O poema andreseniano é, portanto, um espaço de reconstrução e de existência que, por meio da linguagem, permite que os outros homens – os leitores – liguem-se à realidade e sintam-se parte dela ao compartilhar do olhar do poeta. O sujeito de “O Poema” nos revela: “Mesmo que eu morra o poema encontrará / Uma praia onde quebrar as suas ondas” (ANDRESEN, 2011, p. 409). Sim, pois, ainda que o sujeito não esteja presente nesse espaço, o poema é a aliança dele com as coisas do mundo. A praia estará lá no poema em sua existência; a fotografia também, de certo modo, configura-se dessa maneira: “Fotos fornecem um testemunho. Algo de que ouvimos falar mas de que duvidamos parece comprovado quando nos mostram uma foto” (SONTAG, 2004, p.9). Afinal, a existência do objeto ou do elemento torna-se real através dela. Assim, o poema e a fotografia são maneiras de estarmos no mundo, de nos relacionarmos com o nosso contexto e de poder dividir essa experiência com os outros indivíduos que nos cercam. “É esta relação com o universo que define o poema como poema, como obra de criação poética” (ANDRESEN, 2011, p. 839). 

Nathália Macri Nahas, “No espaço do poema: a presença do real, uma relação entre o poema e a fotografia na poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen”, Desassossego, São Paulo, v. 9, n. 18, p. 101, dez. 2017

*** 

Natureza e poesia

[…] para Andresen, a ideia de um convívio harmonioso com a natureza abrange também a relação do homem com a palavra, uma vez que a autora afirma, em “Arte Poética V”, enxergar no poema “a respiração das coisas, o nome deste mundo dito por ele próprio” (ANDRESEN, 2015, p. 898). Essa premissa da poesia como linguagem em estado de imanência é agudamente acentuada em poemas de Andresen que assumem caráter metalinguístico, como “No poema”, em que a autora explora a ideia da linguagem poética concebida como um organismo vivo, que preserva “o instante real de aparição e de surpresa”:

Transferir o quadro o muro a brisa

A flor o corpo o brilho da madeira

E a fria e virgem liquidez da água

Para o mundo do poema limpo e rigoroso

Preservar de decadência morte e ruína

O instante real de aparição e de surpresa

Guardar num mundo claro

O gesto claro da mão tocando a mesa

 

Nos versos apresentados, o eu lírico afirma que pretende transferir elementos como “o quadro”, “o muro”, “a brisa”; “A flor”, “o corpo”, o “brilho da madeira” e a “virgem liquidez da água” para o mundo do poema. Assim, os elementos imagéticos descritos recebem o apoio do elemento rítmico, que proporciona ênfase a cada uma das imagens evocadas conforme o encadeamento de palavras paroxítonas, que sugerem uma constância segundo a qual o ato de contemplação se desenvolve. Nesse sentido, em cada palavra ecoa a ideia de enfatizar os elementos que preservam o instante de “decadência morte e ruína” e que se revelam motivos substanciais ao fazer poético, uma vez que na poética andreseana

O mundo, a humanidade, a vida surgem e florescem apenas quando nomeadas pela palavra poética; a palavra é a flor, a essência do real, súbita clareza, límpida maravilha que nasce da insondável profundidade, dos territórios secretos do ser e os “diz” (LANCIANI, 2013, p. 101).

 

Em sentido amplo, é possível observar ao longo de “No poema” que o fazer poético se confunde com o próprio “estar no mundo” manifestado pela voz do eu lírico, o que indica uma inter-relação entre todos os elementos que compõem o poema, que, por sua vez, dialoga diretamente com a metáfora de teia oriunda do campo ecocrítico, segundo a qual “os ecossistemas são entendidos como redes de organismos individuais” (CAPRA, 1997, p. 34). Nesse contexto, a ideia sugerida pelo verbo transferir – mudar de um lugar para outro – ocupa lugar central para a compreensão dos versos da autora, que propõe um modo de pensar o mundo e compreendê-lo de forma global e integrativa.

Ainda, a preferência da autora pelo uso de substantivos concretos, conforme evidenciado nos grifos realizados, adequa-se a uma das definições de Andresen sobre o fazer poético, segundo a qual o “poema não fala de uma vida ideal mas sim de uma vida concreta” (ANDRESEN, 2015, p. 891). Com base nessa experiência, o eu lírico nomeia a paisagem e os seus diferentes componentes: “o quadro o muro a brisa/ A flor o corpo o brilho da madeira/ E a fria e virgem liquidez da água”, de modo a procurar “desocultar a aparência do sensível das coisas, a sua essência” (PEREIRA, 2003, p. 152).

Nesse sentido, observa-se que, na sequência do texto, o verso “Para o mundo do poema limpo e rigoroso” muda a forma como a poeta concebe a linguagem no poema. Antes dele, verifica-se um uso de enumerações e aditivas; depois, há quebras constantes causadas pela preposição de (Preservar de decadência morte e ruína/ O instante real de aparição e de surpresa). Assim, tem-se que a segunda parte do poema se manifesta como um mosaico linguístico, de modo mais fragmentado, ou ainda um mosaico em composição, que traz a esse “mundo do poema limpo e rigoroso” os conflitos inerentes à perceção da modernidade.

Essa busca segundo a qual a poesia procura a grafia da forma absoluta entre a própria multiplicidade das formas visíveis e sensíveis (RUBIM, 2013, p. 238), ressaltada, sobretudo, pelos substantivos evocados ao longo do poema, consiste na referida manifestação do “instante real de aparição e de surpresa” como um mosaico em composição tal qual o mundo contemplado pela poeta, observável também diante da própria escolha estilística de Andresen, que opta por não utilizar uma separação convencional dos termos das orações por meio de vírgulas ou pontos-finais. A essa característica é possível associar um encadeamento de imagens, de modo que todos os elementos do poema parecem interligados e interdependentes.

Constata-se, portanto, que o sentido de interdependência entre os elementos está presente no poema tanto em suas manifestações linguísticas quanto no apelo imagético, que busca “Preservar de decadência morte e ruína/ O instante real de aparição e de surpresa”. Assim, estabelece-se a criação poética como uma fuga em relação à existência pura e simples, o que se mostra em acordo com um dos pensamentos expressos em “Arte Poética III”: o que define a poesia como a “ligação com o real que está presente em todas as coisas” (ANDRESEN, 2015, p. 893). Desse modo, o essencial na realidade de “No poema” pode ser interpretado, também, como o próprio poema.

A leitura de “No poema” indica que “o instante real de aparição e de surpresa” se apresenta também como um eixo para a contemplação dos seres e elementos naturais, aspeto presente em toda a obra de Andresen, bem como da conceção de “uma arte do ser”, conforme expressa a autora no ensaio Poesia e realidade: “o poema é o selo da união do homem com as coisas” (ANDRESEN, 1960, p. 54). É justamente esse encontro que estabelece, por meio do “poema limpo e rigoroso”, um olhar voltado para a imanência na linguagem andreseana, em um contexto em que a palavra se une à própria experiência do real e aproxima sua poesia a uma perspetiva fenomenológica, uma vez que o “estudo das essências, e todos os problemas, segundo ela, resumem-se em definir essências: a essência da perceção, a essência da consciência, por exemplo” (MERLEAU-PONTY, 1999, p. 1).

Murillo Castex, Uma arte do ser: relações entre palavra e natureza na poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen. Curitiba, UTFPR, 2022


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No poema: Transferir o quadro o muro a brisa, Sophia Andresen”, José Carreiro. Folha de Poesia, 2022-10-12. Disponível em: https://folhadepoesia.blogspot.com/2022/10/no-poema-transferir-o-quadro-o-muro.html


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