Nascido em Génova, de
família modesta, viaja pelo Mediterrâneo como agente comercial. Esteve na Madeira,
onde casou com a filha de um dos capitães donatários. Viajou numa caravela
portuguesa até à Mina, e ofereceu-se ao rei português D. João II para levar por
diante a ideia que formulara de descobrir a rota ocidental para a Índia.
Como o rei português não
aceitou, ofereceu-se aos Reis Católicos de Castela, que hesitaram, mas de quem finalmente,
em 1492, recebeu plenos poderes para empreender a viagem.
Para a viagem de
descobrimento foram postos à disposição de Colombo três pequenos navios, entre
os quais se contava a «Nina» (caravela de 17 metros de comprimento).
Colombo pisou o solo da
América a 12 de outubro de 1492, sendo recebido com cordialidade e espanto pelos
habitantes.
Após longos anos de espera
e de privações, ao cabo de uma arriscada viagem rumo ao desconhecido, Colombo
viu, com a descoberta da América, o seu projeto ambicioso tornar-se realidade.
Ao regressar, a Corte espanhola recebeu-o triunfalmente em Barcelona. Como
vice-rei das terras recém-descobertas, foi-lhe concedido sentar-se ao lado dos
Reis Católicos.
Após a morte, em 1504, de
Isabel, a Católica, sua protetora, Colombo perdeu todos os privilégios inerentes
aos cargos de almirante e de vice-rei. Esquecido pelos seus contemporâneos,
morreu a 21 de maio de 1506 em Valladolid. Até à sua morte, Colombo sempre
acreditou que descobrira a Índia. (O novo continente tomou o nome de outro
navegador, o italiano Américo Vespucci, que fez parte de numerosas expedições à
América do Sul.)
in Homens que Transformaram o Mundo, coord. Roland
Gook; trad. Elsa Teixeira Pinto. - 2.ª ed.- [Lisboa]: Círculo de Leitores, 1978
***
Sob o signo
de Virgem
Virgem(23 de agosto - 24 de setembro) é o símbolo da diferenciação,
bem explicito no confronto outros/nós:
Outros haverão de ter / O que houvermos
de perder.
(“Os Colombos”, Mensagem)
«Mercúrio é o seu planeta
regente: no tempo das colheitas e do enceleiramento, em que o resultado se pesa
e se calcula, nós estamos com efeito, num mundo que se diferencia, se
particulariza, se seleciona, se restringe, se reduz, se despoja, determina para
si certos limites.» (cf. Chevalier/ Gheerbrant, 698). Não é o que se faz em «Os
Colombos» quando se distingue, pesados os resultados, o que a «eles» é
permitido e o que «nós» nos toca? «Outros poderão achar na seara que nos
pertence o que nos foi dado colher ou abdicar «segundo o destino dado». Mas estabelece-se
que o limite para a glória dos Colombos é essa «justa auréola dada/Por uma luz
emprestada».
Compositor italiano descobre em Pessoa chave para a crise
"São 44 poesias
para ser lidas e interiorizadas, porque dentro delas está o código do futuro
para Portugal", afirma Mariano Deidda.
É sentado na cadeira preferida por Fernando Pessoa, no café
Martinho da Arcada, em Lisboa, que o compositor e cantor italiano, Mariano
Deidda, divaga com o Expresso por dez anos de união da sua música à obra
literária pessoana. "Mensagem", apresentada no III Congresso
Internacional de Fernando Pessoa, que decorreu em Lisboa no final de novembro,
é mais um dos seus trabalhos dedicados à metamorfose da literatura do poeta.
Entre versos e acordes, Deidda, revela "o código do futuro de
Portugal" que, diz, vai ajudar a sair da crise. O seu trabalho é composto
de 44 poemas, que afirma essenciais para enfrentar o futuro em Portugal.
O que é que Pessoa nos ensina perante a crise?
São 44 poesias para ser lidas e interiorizadas, porque dentro
delas está o código do futuro para Portugal. Só uma pessoa jovem pode
descodificá-lo. Acredito que sobretudo uma poesia chamada "Os
Colombos" tem a chave para um futuro próximo: "Outros haverão de ter/
O que houvermos de perder./ Outros poderão achar/ O que, no nosso encontrar,/
Foi achado, ou não achado,/ Segundo o destino dado". Estas linhas são o
código para o futuro da sociedade. Cada um de nós tem de fazer a sua parte. Nos
anos 60 e 70 era o Estado que construía. Hoje, o Estado não existe. Temos de o
fazer nós, e precisamos de pessoas inteligentes para isso. A palavra
fundamental é a competência. A nossa sociedade é muito sofisticada e o futuro será
belíssimo, estou seguro.
Mas para isso é necessário que haja essa mudança de mentalidades...
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