Ilustração de Madalena Matoso para O livro da Tila. Editorial Caminho, 2010
Nascer
Mãe!
Que verdade linda
O nascer encerra:
Eu nasci de ti,
Como a flor da Terra!
Matilde Rosa Araújo, O
livro da Tila. Lisboa, Livros Horizonte, 1957
O ato de nascer é um milagre que transcende o físico. É a passagem da
escuridão para a luz, do silêncio para o som da vida. A mãe é a guardiã desse
segredo, a criadora que nos molda com amor e nos permite florescer. Que bela
jornada é essa, a do nascer!
Escreve um texto criativo
inspirado no poema "Nascer" de Matilde Rosa Araújo. Podes optar por
um conto, uma carta, um diário ou até mesmo um poema. Aqui estão algumas ideias
para te ajudar a começar:
Uma carta à tua mãe: Imagina que estás a
escrever uma carta à tua mãe, expressando os teus sentimentos sobre o poema.
Fala sobre a relação especial que tens com ela e como o nascimento é uma
metáfora para a vossa ligação.
Um conto sobre o
nascimento:
Cria uma história onde o nascimento de uma criança é descrito como um
acontecimento mágico e poético. Podes personificar a Terra, as flores, e outros
elementos naturais para enriquecer a tua narrativa.
Diário de uma flor: Escreve uma entrada de
diário do ponto de vista de uma flor que acabou de nascer da terra. Descreve as
suas primeiras impressões do mundo, a relação com a "mãe Terra", e as
suas esperanças e sonhos.
Um poema sobre o nascimento: Inspira-te no poema de
Matilde Rosa Araújo para escrever o teu próprio poema sobre o ato de nascer,
sobre a conexão profunda entre mãe e filho.
Se necessário, segue as
seguintes sugestões:
·O Silêncio da Origem: Descreve a escuridão do útero, onde o bebé se
desenvolve. Usa metáforas para expressar essa sensação de proteção e mistério. Explora
a ideia de que o silêncio é a primeira linguagem que o bebé conhece.
·O Despertar: Fala sobre o momento em que o bebé começa a
sentir os primeiros movimentos, como se estivesse a despertar para a vida. Usa
imagens sensoriais para descrever essa transição do escuro para a luz.
·A Mãe como Criadora: Compara a mãe à Terra, que nutre e faz brotar a
flor. Ela é a origem, o solo fértil onde a vida floresce. Destaca a beleza
desse processo de criação, como se a mãe fosse uma artista que molda o filho
com amor e cuidado.
·O Laço Inquebrável: Aborda a ligação entre mãe e filho. Como o poema
sugere, o filho nasce “de” sua mãe, mas também “como” a flor da Terra. Usa
metáforas para expressar essa conexão profunda e inquebrável.
Lembra-te de ser criativo
e pessoal na tua escrita. Usa as tuas próprias experiências e emoções para dar
vida ao teu texto. Bom trabalho!
O poema “A Arca de Noé” de Vinicius
de Moraes pode ser dividido em momentos lógicos que refletem a sequência de
eventos e as imagens criadas pelo autor. Aqui está uma possível divisão:
Momento 1: O Cenário Pós-Dilúvio
Descrição do arco-íris e da natureza que se revela
após a chuva.
A água
límpida e a luz do sol criam um ambiente de renovação e esperança.
Momento 2: A Abertura da Arca
Noé abre a arca, e a descrição foca na sua figura como
patriarca e inventor da uva.
A terra é
vista como fértil e promissora para o cultivo de vinhas.
Momento 3: A Saída dos Animais
Os animais começam a sair da arca, cada um com as suas
características distintas.
A
descrição dos animais é feita com humor e leveza, destacando a diversidade
da vida.
Momento 4: O Conflito e a Ordem
Há um momento de disputa entre os animais,
simbolizando a luta pela vida e pelo espaço.
Eventualmente,
os animais saem em pares, estabelecendo uma nova ordem no mundo.
Momento 5: A Nova Vida na Terra
Os animais são conduzidos por Noé para a terra
prometida, onde a vida recomeça.
O poema
termina com uma imagem pacífica da natureza e dos animais em harmonia.
Cada um desses momentos captura uma
fase diferente da narrativa, desde a devastação inicial até a promessa de um
novo começo para a humanidade e para o mundo natural.
***
Reconto
Reconta, em prosa, a história narrada no poema “A Arca de Noé”,
de Vinicius de Moraes.
(…) a poesia, apesar de se fazer com palavras, está muito para além delas. É aquilo que essas palavras conseguem levar e depositar no nosso coração. E para que isso aconteça, não é preciso que sejam palavras complicadas, frases elaboradas, rimas perfeitas. (…) É outra coisa. Que não se consegue nomear, mas que se sente. (…)
E não há uma maneira única de escrever poesia. Há quem, através da poesia, conte uma história; há quem recorde um pequeno pormenor que lhe chamou a atenção; há quem evoque cenas familiares; há quem escreva sobre um cheiro ou um olhar; há quem, muito simplesmente, brinque com as palavras e os seus sons.
Há poemas sobre animais, sobre pessoas, sobre sentimentos, sobre a natureza. Há poemas sobre fadas, sobre pastores, sobre crianças e velhos. Há poemas sobre uma rua, sobre uma casa, sobre uma pedra que de repente se encontra a meio do caminho. Há poemas sobre a tristeza e sobre a alegria. E podemos rir e chorar com eles. Pode-se escrever um poema a propósito de tudo. Não há temas melhores ou temas piores: há a arte de saber escrever a seu respeito de uma maneira criativa, ou seja, de uma maneira que seja só nossa.
Alice Vieira, O meu primeiro álbum de poesia. Lisboa, Edições Dom Quixote, 2007
Escrita
criativa
No vídeo que se segue, a escritora Alice Vieira dá alguns
conselhos sobre a forma de escrever textos criativos, como por exemplo: escolham
assuntos concretos para as vossas histórias; escrevam muito; não tenham pressa;
reformulem o que escreveram, mudando palavras, encurtando frases; não vale a
pena usar os adjetivos se eles não forem rigorosos.
O videograma foi criado para o Grande C - Concurso de criatividade para escolas,
promovido pela Associação para a Gestão de Cópia Privada (AGECOP), em 2009.
Videograma
GC Alice Vieira Escrita Criativa, partilhado por Paulo Pinheiro, em
16/11/2009
Composição de um texto por imitação
criativa
Escreve
um poema composto por inspiração, a partir de uma das propostas que se seguem.
I - Poema sobre uma flor
Escreve
um poema sobre uma flor, partindo do seguinte poema sobre o girassol:
O GIRASSOL
Passa a vida a olhar pró sol!
Segue o sol para todo o lado!
Tivesse olhos o girassol
ou usava óculos de sol
ou já teria cegado.
Faz uma lista de alguns elementos que constituem uma casa (por exemplo portas, janelas, paredes, chaminé).
Inicia cada verso por “Um livro é” seguido de um dos elementos da tua lista.
Exemplo: “Um livro é uma porta que se abre para o mundo.”
Escreve cerca de quinze versos.
Relê esses versos e escolhe os doze melhores, copiando-os para a folha na ordem que consideres mais adequada.
Nota: podes substituir a palavra “livro” por outras, como por exemplo:
“Um amigo é…”
“A amizade é…”
“O amor é…”
“A família é…”
"Um irmão é..."
“A vida é…”
“A felicidade é…”
“A sabedoria é…”
“A natureza é…”
“A música é…”
“A arte é…”
“A paz é…”
“A liberdade é…”
“A esperança é…”
“O sonho é…”
“O futuro é…”
"Uma ilha é...".
IV – Outros poemas que podem servir de
mote ou modelo de inspiração
URGENTEMENTE
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor,
é urgente permanecer.
Eugénio de Andrade, Até Amanhã, 1956
AS
PALAVRAS
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade, Coração do dia, 1958
AS MÃOS
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Manuel Alegre, O Canto e as Armas,
1967
AMIGO
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra “amigo”.
“Amigo” é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
“Amigo” (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
“Amigo” é o contrário de inimigo!
“Amigo” é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
“Amigo” é a solidão derrotada!
“Amigo” é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
“Amigo” vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O’Neill, No Reino da Dinamarca,
1958
O
SONHO
Pelo Sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo Sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma dêmos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia.
Chegamos? Não chegamos?
– Partimos. Vamos. Somos.
Sebastião da Gama, Pelo sonho é que vamos,
1953
E POR
VEZES
E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos
David Mourão Ferreira, Matura idade, 1973
ESPARSA
sua ao
desconcerto do mundo
Os
bons vi sempre passar
no mundo graves tormentos;
e, para mais m’espantar,
os maus vi sempre nadar
em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
fui mau, mas fui castigado:
Assi que, só para mim
anda o mundo concertado
Luís
Vaz de Camões (c. 1524-1580)
AMOR É
UM FOGO QUE ARDE SEM SE VER
Amor é
um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís
Vaz de Camões (c. 1524-1580)
[AUTORRETRATO]
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno;
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos, por taça escura,
De zelos infernais letal veneno;
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades,
Eis Bocage em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades,
Num dia em que se achou mais pachorrento
Bocage (1765-1805)
PORQUE
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia
de Mello Breyner Andresen, Mar Novo, 1958
TRÍPTICO
II
Não sei como dizer-te que minha voz
te procura
e a atenção começa a florir, quando sucede a noite
esplêndida e vasta.
Não sei o que dizer, quando longamente teus pulsos
se enchem de um brilho precioso
e estremeces como um pensamento chegado. Quando,
iniciado o campo, o centeio imaturo ondula tocado
pelo pressentir de um tempo distante,
e na terra crescida os homens entoam a vindima
– eu não sei como dizer-te que cem ideias,
dentro de mim, te procuram.
(…)
Herberto Helder, A colher na boca, 1961
Nota:na página Folha de Poesia há mais propostas de escrita criativa.
Salette Tavares, “Aranha”. Tipografia, 40cm x 40 cm. In “Brin Cadeiras”, Poesia Experimental-1, 1964
Como fazer caligramas:
passo a passo para criar pOEmaS deSenhadoS
Um caligrama é um poema cujas palavras formam um desenho
relacionado com o seu conteúdo. Nesta atividade, vais explorar a tua
criatividade, desenhando caligramas com as tuas palavras ou utilizando formas
pré-definidas que se relacionem com o tema que pretendes desenvolver.
Para isso, segue as
seguintes etapas:
1. Escolha do tema
Escolhe um tema livre
para o teu poema. Pode ser um objeto, um animal, uma comida, uma pessoa, um
lugar, um sentimento ou uma ideia que queiras expressar visualmente e poeticamente.
2. Desenho do contorno
Desenha
um contorno simples no papel ou no computador, que represente o teu tema. Se
estiveres a usar o papel, desenha com um lápis, não com uma caneta. Se
estiveres a usar o computador, usa um programa de desenho, como o Paint
ou o Gimp. O contorno deve ser claro e fácil de reconhecer.
3. Escrita do poema
Escreve o teu poema
normalmente, num documento à parte. Tenta expressar os teus sentimentos em
relação ao tema. Podes usar recursos
poéticos, como rimas, aliterações, assonâncias, metáforas, comparações, etc.
Evita tornar o poema muito longo; entre 6 a 12 linhas é um bom tamanho.
4. Incorporação do poema na forma
Escreve o teu poema
dentro do contorno que desenhaste, usando um lápis ou um editor de texto. Não
te preocupes se as palavras não couberem bem dentro dos limites, pois podes
ajustá-las depois. O importante é que as palavras sigam o formato do desenho e
criem um efeito visual interessante. Por exemplo, podes escrever as palavras na
horizontal, na vertical, na diagonal, de trás para frente e de cabeça para
baixo. Podes repetir as palavras, cortá-las e juntá-las. Também podes usar
diferentes tamanhos, cores e tipos de letras, se desejares.
5. Ajustes no tamanho da escrita
Revê o teu caligrama e
faz as alterações que achares necessárias. Verifica se o teu caligrama está
legível, criativo, original e coerente com o tema. Pede a opinião de um colega
ou do professor, se precisares de ajuda. Podes aumentar ou diminuir a tua
escrita em certas partes do desenho, para que as palavras se adaptem melhor ao
contorno. Podes apagar o teu primeiro rascunho e escrever o poema novamente
quantas vezes quiseres até ficares satisfeito com o resultado.
6. Finalização
Apaga o contorno do teu
desenho, de modo que sejam apenas as palavras do teu poema que criem a imagem.
Se estiveres a usar o computador, podes usar a ferramenta de apagar ou de
preencher com a cor de fundo.
Parabéns, acabaste de criar um
caligrama!
JOS
É
CARREIRO
A escrita criativa na sala de aula
“A escrita criativa
constitui uma das melhores formas de estimular os processos de pensamento,
imaginação e divergência”, Elisabete Carnaz, Da criatividade à escrita criativa.
Desenharcompoesia
A escrita de caligramas é uma atividade que envolve diversos processos
cognitivos, como a planificação, a textualização e a revisão, que são comuns a
qualquer produção escrita. No entanto, a escrita deste tipo de textos também
requer uma atenção especial à dimensão visual da linguagem, que implica o uso
de recursos como a forma, a cor, a disposição e o tamanho das letras, para
criar um efeito de sentido. Estimula também a imaginação e a criatividade, pois
permite ao aluno expressar-se de forma original e inovadora, combinando
palavras e imagens de acordo com o seu tema, o seu estilo e o seu propósito.
Aprendizagens a privilegiar:
Utilizar de modo proficiente diferentes linguagens e símbolos associados
às línguas, à literatura, à música, às artes, às tecnologias (Área de
Competência: Linguagens e textos, PASEO).
Experimentar processos próprios das diferentes formas de arte (Área de Competência:
Sensibilidade estética e artística, PASEO).
Avaliação:
Coerência e harmonia temática: existe uma relação lógica e harmoniosa
entre o tema, o poema e o desenho no caligrama?
Intencionalidade comunicativa: o caligrama transmite eficazmente a
mensagem ou o tema escolhido?
Adequação ao formato: o caligrama segue as orientações da atividade e
enquadra-se na definição de poesia visual e caligrama?
Sequência didática:
A sequência didática proposta segue uma ordem lógica e progressiva de
atividades, que visam desenvolver a habilidade de escrita de caligramas pelos
alunos. Esta sequência apresenta também uma articulação entre os conteúdos, as
atividades e a avaliação, que estão relacionados com o tema da poesia visual e com
o conceito de caligrama. Além disso, a sequência didática utiliza recursos
variados, como textos, imagens, diálogos, roteiros e ferramentas digitais que
tornam a aprendizagem mais dinâmica, interativa e motivadora.
Primeira aula:
1. Introdução do conceito de poesia visual e contextualização da
importância e relevância desta forma artística.
2. Observação dos poemas visuais “Escada” (de Jaime Salazar Sampaio),
“Metro e meio de poesia” (de Gastão Debrex), "Velocidade" (de Ronaldo Azeredo) e "Pêndulo" (de E. M. de Melo e Castro), acompanhada de diálogo, em assembleia de turma, sobre as suas
características distintivas e/ou semelhantes relativamente aos poemas estudados
em aula.
Metro e meio de poesia, Gastão Debrex
3. Registo escrito da sistematização da leitura dos poemas visuais, com
base em questões dos roteiros de leitura.
4. Definição de caligrama, de modo que os alunos entendam o que é um
caligrama e como ele se relaciona com a poesia visual.
5. Como preparação da atividade do domínio da Escrita, procede-se à
visualização de outros exemplos de poesia visual disponíveis no blogue Folha de Poesia, que abrangem diferentes estilos e técnicas, como o uso de colagens,
recortes, símbolos e cores.
6. Produção individual de um caligrama, seguindo as orientações do roteiro/tutorial intitulado “Como fazer caligramas: passo a passo para
criar pOEmaS deSenhadoS”.
(Nota: A tarefa de criação do caligrama poderá ser terminada como trabalho
de casa.)
7. Elaboração de um portefólio de caligramas, publicado no Padlet da turma, com os seguintes
propósitos:
- criar um corpus de referência, para, nas aulas de TIC, os alunos
transformarem o roteiro/tutorial escrito num vídeo, onde incluirão os caligramas nas
suas diferentes etapas de produção e a narração a explicarem os procedimentos
que adotaram;
- preparar a divulgação dos trabalhos numa exposição da Biblioteca
Escolar;
Segunda e terceira aulas:
8. Exposição e apreciação dos trabalhos:
- cada aluno apresenta o seu trabalho à turma, indicando também os
materiais ou o programa informático que utilizou na criação artística e
explicando como a produção do poema foi significativa para si;
- cada aluno da turma elege o poema de que mais gosta e faz um
comentário construtivo que realce os pontos fortes e sugira áreas que podem ser
melhoradas no caligrama com base em critérios como: coerência e harmonia entre
o tema, o poema e a imagem no caligrama; clareza e expressividade da mensagem
transmitida; adequação do caligrama ao formato e às orientações da atividade.
9. Feedback global da atividade:
- expressão da opinião sobre a realização da atividade, usando a nuvem
de palavras criada com a ferramenta digital Mentimeter, que permite
responder à pergunta: «O que achaste da atividade de escrita criativa de um
caligrama?». Cada aluno deve escrever uma ou mais palavras que expressem o seu
sentimento ou opinião sobre a atividade. As palavras mais repetidas aparecerão
em maior destaque na nuvem de palavras, que será projetada na sala de aula;
- avaliação dos resultados pelo professor e síntese final, destacando os
aspetos mais relevantes da atividade e as possíveis melhorias para o futuro.
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CARREIRO, José. “Como fazer caligramas". Portugal, Folha de Poesia, 2023-11-19. Disponível em https://folhadepoesia.blogspot.com/2023/11/como-fazer-caligramas.html